Indústria de Santa Catarina cresceu 6% em agosto, de acordo com IBGE
A indústria de Santa Catarina cresceu 6% na passagem de julho para agosto, segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quinta-feira, 8. Agosto foi o quarto mês seguido de alta após a queda profunda em março e abril e mostra a recuperação do setor após o fechamento da atividade econômica.
O crescimento no período também revela que a indústria está chegando aos patamares pré-pandemia. Um dos sinais é que o percentual de expansão começou a cair na comparação com junho (+10,7%) e julho (+10,1%). Além disso, na comparação de agosto de 2020 com agosto de 2019, a variação é de apenas -1,3%.
“Nós estamos chegando muito próximo do patamar anterior. No mês houve um aumento de 6%, mantendo a taxa de crescimento forte. […] No geral, nós temos conversado com os empresários e o clima é muito positivo. Há uma preocupação de uma eventual segunda onda, de crise política, mas no âmbito das cadeias e no âmbito das empresas o clima é forte otimismo para recuperação ainda esse ano”, disse o diretor de inovação e competitividade da Federação das Indústrias de SC (Fiesc), José Eduardo Fiates.
Entre os 11 setores pesquisados, cinco estão com percentuais positivos e seis com percentual negativo em relação ao mesmo período do ano passado. O destaque em crescimento são a fabricação de máquinas e equipamentos (+23,6%), fabricação de produtos têxteis (+11,9%), e fabricação de produtos de plástico (+9,7%).
Na contramão, caíram a fabricação de veículos, motocicletas e peças (-15,8%), a metalurgia (-15,8%), e a fabricação de produtos alimentícios (-10,4%).
“As máquinas e equipamentos e materiais elétricos se são exportados, tem grande valor agregado e contribuem com a balança comercial, e se são vendidos internamente significa que está havendo investimentos por parte das empresas em ampliar a capacidade produtiva. É um sinal positivo da economia”, afirmou.
“Os veículos têm se comportado com desempenho muito baixo, abaixo da média. Basicamente, a tendência das pessoas é de se precaver, se prevenir de investimentos mais significativos por conta da imprevisibilidade, de risco”, acrescentou.
No acumulado do ano, a indústria catarinense registra retração de 11,9%. Nos últimos 12 meses a queda é de 7,9%.