Inelegibilidade de Paulo Eccel afeta adversários e movimenta cenário pré-eleitoral em Brusque
A notícia de que o ex-prefeito Paulo Eccel (PT) teve mantida condenação em segunda instância que lhe torna, a princípio, inelegível, mexeu com o cenário eleitoral de Brusque. Ele é dado como candidato certo a deputado estadual, e já começaria a campanha com uma base de eleitorado. No entanto, dependerá de uma nova decisão judicial favorável para que possa concorrer, já que a sentença confirmada pelo Tribunal de Justiça de Santa Catarina cassou seus direitos políticos por cinco anos.
A eventual saída de Eccel da disputa é vista com bons olhos por adversários, já que reduz a dissipação de votos entre os candidatos de Brusque. Com isso, até nomes que estavam adormecidos voltam a serem cotados. Um deles é do ex-deputado estadual Serafim Venzon (PSDB), que até então não manifestava a vontade de concorrer, mas nesta semana agendou encontros com políticos de Brusque para discutir o cenário.
No entanto, caso Venzon realmente volte a ter interesse em concorrer, seria para a candidatura a deputado estadual. Caminho diferente do que deve ser trilhado pelo seu filho, João Venzon (PSDB). Este se encaminha para concorrer a deputado federal. A avaliação dele é que Brusque já tem candidatos demais para deputado estadual, e que pela capacidade de votos da região seria melhor concorrer à Câmara dos Deputados.
O governo, porém, segue firme no projeto das candidaturas unificadas de Alessandro Simas (PP), presidente da Câmara, a deputado federal, e de Jonas Paegle (Patriota), ex-prefeito, a deputado estadual. Políticos da base já estão conformados de que haverá adversários do mesmo espectro político.
Danilo Rezini, do PSD, que anunciou pré-candidatura, deve mesmo ir adiante com o projeto de se candidatar a deputado estadual. Paulo Sestrem, do Podemos, e Jocimar dos Santos, do DC, partidos que compõem a base do governo, também não devem abrir mão de concorrer.