Infectologista avalia situação da Covid-19 em Brusque: “não consideramos estágio de normalidade”
Ricardo Alexandre Freitas comenta que casos no mundo são monitorados
Ricardo Alexandre Freitas comenta que casos no mundo são monitorados
Apesar da diminuição expressiva do número de casos de Covid-19 em Brusque, a Secretaria de Saúde continua monitorando a situação nacional e mundial da pandemia. De acordo com o médico infectologista Ricardo Alexandre Freitas, da Secretaria de Saúde de Brusque, ainda não é possível considerar um estágio de normalidade total. Ele citou exemplos de países que vivem surtos da doença, como a China.
“Nós ainda não consideramos como um estágio de normalidade. Acompanhamos o que está acontecendo no mundo, na China, e, até mesmo, no Brasil, em São Paulo. Não podemos dizer que é um cenário confortável. É um momento bom, em que, depois da tempestade, estamos passando pela calmaria, mas estamos atentos ao mundo”, afirma.
Há duas novas variantes Ômicron sendo transmitidas na África do Sul, porém, sem gravidade. Os profissionais de saúde agora estão em fase de estudos para avaliar a periodicidade da aplicação da vacina contra a Covid-19.
De acordo com Ricardo, os casos registrados recentemente não necessitam de internação. O infectologista afirma que os sintomas são semelhantes às doenças que passariam despercebidas pelas pessoas em outras situações anteriores ao início da pandemia.
“Não digo que vivemos normalidade. O foco da saúde pública acabou virando para a dengue, mas a Covid-19 não está esquecida. Estamos monitorando diariamente”, avalia.
Ricardo comenta que as mortes em decorrência da variante Ômicron em Brusque em 2022 eram de pessoas que, na maioria dos casos, possuíam algum problema de saúde, demonstrando que a variante não era tão letal, apesar de “não respeitar as vacinas”, conforme avalia o infectologista.
“Vivemos ‘duas pandemias’, uma do SARS-Cov-2, em 2020 e 2021, em que a vacina deu conta da situação grave; mas em janeiro, tivemos outra situação, que foi a Ômicron, variante que não respeita muito as vacinas. Felizmente, a Ômicron não é uma variante tão grave, por isso não tivemos uma taxa de mortalidade proporcional ao número de infectados”, diz.
O infectologista afirma que já é possível considerar a chamada imunidade de rebanho. Ricardo diz que as pessoas que não se vacinaram contra a Covid-19 acabaram se beneficiando por aquelas que receberam o imunizante contra a doença. Entretanto, ele ainda ressalta a necessidade de vacinação.
“Continuamos reforçando a necessidade de vacinação para que possamos manter como estamos vivendo atualmente, em uma situação de ‘calmaria’. Temos que manter a guarda atenta ainda, sem esquecer do que aconteceu. O mundo ainda vive a Covid-19. Continuando a evolução da pandemia, talvez no segundo semestre poderemos considerar uma situação endêmica”, finaliza.
Procurado pela reportagem de O Município, o secretário de Saúde, Osvaldo Quirino, reforçou que a secretaria segue monitorando todos os dias a situação da Covid-19. Ele cita, ainda, que atualmente não há internações pela doença na cidade.
“A Covid-19 está sendo acompanhada diariamente e os pacientes são atendidos nas Unidades Básicas de Saúde do município. Nós mantemos o sistema de vacinas e o atendimento nos hospitais. No momento, não temos casos em UTI ou, nem mesmo, em enfermaria”, diz o secretário.
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