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Infectologista faz projeção da evolução da Covid-19 pós festas em Brusque

Nova onda de casos deve ocorrer no fim de janeiro

Após o período de férias e as festas de fim de ano, a tendência é que os casos de Covid-19 voltem a crescer em Brusque, assim como em todo o país. O médico infectologista Ricardo Freitas diz que há possibilidade de um novo pico da doença entre o fim de janeiro e o início de fevereiro. “A gente já trabalhava com essa perspectiva porque sabia que isso ia acontecer”, diz Freitas. 

O secretário de Saúde, Osvaldo Quirino de Souza, diz que ainda é cedo para identificar os efeitos do recesso. “Boa parte da população sai do município nesse período para passar as festas em outros locais. Tem que aguardar o retorno dessas pessoas”. Souza acredita que a partir de segunda-feira, 11, quando a cidade tende a voltar ao “normal” com o retorno das atividades, os efeitos começarão a ser sentidos. 

O médico infectologista comenta que o número de internações deve subir 15 dias depois do início do aumento de casos na cidade, mas não prevê um possível colapso no sistema de saúde de Brusque. 

Na avaliação dele, os novos pacientes serão principalmente jovens, que geralmente têm sintomas mais leves e não necessitam de internação.

Freitas recorda que no pico do fim de novembro, visto por ele como um reflexo das eleições, a cidade conseguiu suportar a demanda. “Se for uma situação semelhante a novembro, temos condições de suportar o impacto porque o número de casos tende a ser maior entre os jovens”. 

Segundo a assessoria do Hospital Azambuja, nesta terça-feira, 5, havia 17 pessoas internadas nos leitos de UTI da Covid-19. No total, o hospital tem 18 leitos destinados para pacientes da doença. 

No dia 2 de dezembro a média móvel da Covid-19 em Brusque era de 219 casos. A média móvel é a soma do número de casos do dia anterior com o dos seis dias anteriores, dividindo o resultado por sete. 

Desde aquela data a média móvel esteve em queda. No dia 9 de dezembro a média era de 200,28 casos; uma semana depois, 159,57; no dia 28 de dezembro, 101,85. Nesta segunda-feira, 4, a média móvel em Brusque era de 43 casos. 

O secretário ainda não analisou todos os números da Covid-19 no município, porém diz que em alguns momentos dá impressão de que “a pandemia vai caindo”. Mesmo assim, os cuidados devem continuar e a expectativa continua sendo a vacina. 

Essa impressão de que a pandemia está mais branda é o que preocupa o infectologista, porque é quando as pessoas tendem a relaxar nas medidas sanitárias de segurança. 

“Vai ter esse ciclo de bate e volta, pico a cada dois, três meses. Não tem como evitar”, afirma Freitas. 

Os cuidados para prevenir o contágio da Covid-19 incluem o uso de máscara, a higienização das mãos com água e sabão ou álcool em gel com frequência e um distanciamento seguro. 


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