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Infectologista prevê “segunda onda” de Covid-19 menos grave em Brusque

Ricardo Freitas explica prognósticos, mas pede para que população esteja atenta

Infectologista prevê “segunda onda” de Covid-19 menos grave em Brusque

Ricardo Freitas explica prognósticos, mas pede para que população esteja atenta

O infectologista da Secretaria de Saúde de Brusque, Ricardo Freitas, prevê uma “segunda onda” da Covid-19 no município a partir da segunda quinzena de novembro, até a segunda quinzena de dezembro. A expectativa é de que seja menos grave do que o pico vivido entre julho e agosto, e de que a partir de janeiro a situação quanto a número de casos, internações e óbitos esteja semelhante à atual.

De acordo com Freitas, é percebido que o número de casos, internações e óbitos da chamada “segunda onda” não acompanha as taxas de óbitos e ocupação de leitos de unidade de terapia intensiva (UTI) verificadas no pico de julho e agosto.

Ele explica que as projeções são feitas com base no que tem sido visto do desenvolvimento da pandemia em outros municípios, regiões e até países. O infectologista também tem esperanças de que alguma vacina esteja disponível.

“Não falo oficialmente pela prefeitura, mas do ponto de vista da infectologia. Se as previsões mais otimistas se concretizarem, talvez tenhamos uma vacina a partir de março ou abril. Pelo menos para profissionais de saúde, professores, bombeiros, policiais. Talvez ainda não para a população em geral. Mas há possibilidade.”

Em caso de aumento de casos preocupantes que caracterizem um novo pico, as medidas restritivas devem voltar a ser tomadas gradativamente. Por exemplo, se cinemas foram os últimos a reabrir, seriam os primeiros a serem afetados com novas restrições.

O aumento no número de casos pode ser atribuído às diversas reaberturas das últimas semanas, nos mais diversos setores. A maior facilidade de acesso a diagnóstico também reflete nas estatísticas.

“Com a massificação dos exames, até o custo ficou mais barato. Até para a população fazer diagnóstico por conta própria, ficou mais acessível. Um maior entendimento da doença também aumenta a quantidade de diagnósticos.”

Há divergências sobre se o que ocorreria seria uma segunda onda ou apenas uma continuação da primeira. Isto porque os casos e mortes diminuíram, mas jamais deixaram de ocorrer diariamente.

“As pessoas não podem relaxar quanto ao uso de máscara, quanto ao distanciamento social ainda. O pessoal tem que ficar com a pulga atrás da orelha. Não dá para aliviar, não há uma certeza [sobre o desenvolvimento].”

Situação preocupa Secretaria de Saúde

Os números da Covid-19 em Brusque estão começando a preocupar o secretário de Saúde, Humberto Martins Fornari. Em vídeo publicado na noite deste sábado, 31, ele disse que o Centro de Triagem atendeu mais de mil pacientes somente nesta semana, o que não acontecia desde julho.

“O que nos chama mais atenção, além dos pacientes internados, é o número de atendimentos no nosso Centro de Triagem”, diz o secretário. “Esta semana, que ainda não acabou, já ultrapassamos mil pacientes”, completa.

Até então cerca de 550 pacientes estavam sendo atendidos no Centro de Triagem, mas agora os números estão semelhantes ao momento em que Brusque viveu o pico da doença, entre o fim de julho e o início de agosto.

De acordo com Fornari, estes números podem indicar que uma segunda onda do novo coronavírus no município pode estar chegando. Ele salienta que o “percurso da doença está mais calmo” e acredita que isso se deve ao protocolo adotado pela saúde.

“Muita preocupação, muita cautela, distanciamento social, uso de máscara”, pede o secretário de Saúde. “Imprescindível para todos”, finaliza.


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