No mundo em que vivemos somos influenciados por quase tudo, é impossível encontrar uma única pessoa que nunca tenha feito algo por vontade de outra. É triste pensar que somos manipulados tão facilmente, seja pelo dinheiro, roupas que vestimos ou o modo como nos avaliam em redes sociais.

É inegável que faz parte da nossa rotina se preocupar com as pessoas ao nosso redor, se elas estão gostando da minha roupa, se aprovaram o novo corte do meu cabelo ou se falam bem de mim. O mundo tornou-se tão arrogante que a marca do meu sapato é mais relevante que a minha nota na prova; não importa a inteligência, visto que investimos mais no consumismo do que na educação. Cada centavo, cada anúncio é baseado no nosso conceito de beleza, no nosso padrão de sociedade ou de pessoas perfeitas. “Se todos da minha escola estão usando esse tênis, eu também devo usar”, é o pensamento de grande parte dos adolescentes, mas não só deles, dado que adultos, pais e mães também se influenciam.

O pai quer comprar o melhor carro, a melhor casa, a melhor comida, é tão comum que nem percebemos a influência que nossa posição social tem para nós, torna-se automático querer o que meu amigo tem, o que é mais caro ou o que todos dizem ser o melhor. O ser humano é influenciável em quase todos os quesitos, são poucos os que mantêm seus princípios, seus conceitos e opiniões independente do que digam.

A ideia de felicidade vai muito além do que eu gosto ou do que eu quero, geralmente a perfeição, o melhor corpo, o melhor cabelo, a melhor maquiagem que me traz felicidade. É absurdamente idiota pensar que alguém é superior só por causa de um determinado bem material. As pessoas valorizam muito mais valores materiais do que o diálogo, a troca de ideias, a conversa entre amigos; valorizam principalmente a condição financeira, já que você é visto como superior se for capaz de comprar mais. Esforço e dedicação são adjetivos raros, se comparados ao que encontramos na maioria dos jovens.

Conclui-se que influência faz parte do mundo em que vivemos, e nenhum de nós é imune a ela, assim como não somos necessariamente ligados, visto que temos a opção de fortalecer nossos conceitos e buscar argumentos, ou deixar que os outros falem e pensem por nós.

 

 

Ana Luiza Paduano – 15 anos – 1º Ano – Colégio Amplo/Brusque