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Inquérito da PM sobre caso de agressão envolvendo policiais de Guabiruba aponta indícios de crimes

Autos serão encaminhados ao Ministério Público de Santa Catarina (MP-SC)

O inquérito da Polícia Militar que investigava o caso dos dois policiais militares envolvidos em uma agressão em Guabiruba foi finalizado. De acordo com o comandante da 7º Região de Polícia Militar (RPM), tenente-coronel Ricardo Alves da Silva, o resultado da investigação interna aponta que houve indício de crimes contidos na Lei de Abuso de Autoridade.

O comandante detalha que o inquérito foi realizado por um oficial de Brusque. Este, teria concluído que durante todo o procedimento não houve indícios de delitos por parte dos policiais. Porém, o comandante, responsável pela análise final, concluiu pela existência dos crimes de abuso de autoridade.

“Agora, os autos serão encaminhados para a nossa corregedoria, que vai chegar ao conhecimento do Ministério Público. E, diante das evidências, o MP pode acatar e instaurar um procedimento contra os dois policiais ou pode arquivar”, explica.

Em agosto os dois policiais voltaram ao trabalho após serem afastados em torno de dez dias. Os agentes passaram por uma consulta com psicólogos, na qual foram avaliadas as condições dos policiais. De acordo com o comandante, os policiais continuam no município, mesmo com a possibilidade de transferência.

Relembre o caso

Um vídeo de dois policiais militares batendo em alguns jovens durante uma ocorrência passou circular nas redes sociais no início de agosto. As imagens mostram um grupo de pessoas reunidas em um quiosque. O motivo da chamada policial seria uma festa que estava ocorrendo durante a quarentena, além da pertubação de sossego. O caso ocorreu no sábado, 1º, no bairro Holstein, em Guabiruba.

As festas estão proibidas devido decreto estadual que tem o objetivo de conter a propagação do novo coronavírus.

O vídeo mostra que após um dos jovens falar “covardia” os policiais começam a questionar quem falou aquilo. Ninguém responde e um policial dá um soco na barriga de um dos rapazes. Novamente os policiais continuam questionando e ninguém responde. Nesse momento, eles chegam na frente de outro rapaz e usam a arma para bater na barriga dele também. Após a agressão, os policiais ainda dizem “fala guerreiro”.

Os jovens permanecem em silêncio e um dos policiais diz “agora ninguém é macho para falar”. Depois os policiais ainda falam outras frases como “abre a boca para ver”, e “quer debochar? Então vamos brincar”; e “a gente também sabe brincar”.

Ao fundo é possível ouvir uma pessoa chorando. Alguém tenta acalmá-la e diz para a pessoa respirar. No entanto, as imagens não mostram essas outras pessoas.


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