X
X

Buscar

Insatisfeito, presidente do conselho do Brusque Futebol Clube entrega cargo

Após 18 anos, Célio Francisco de Camargo diz que sai descontente com os rumos do quadricolor

Presidente do conselho deliberativo mais longevo da história do Brusque Futebol Clube, Célio Francisco de Camargo entregou o cargo no início da semana. Sua saída foi registrada em ata na última terça-feira, 11. Após 18 anos envolvido com o Bruscão e cerca de 15 no cargo máximo do conselho, Camargo diz sair insatisfeito com os rumos que o clube vem tomando.

Sem entrar em detalhes, ele afirma que há anos vem acumulando desgastes com situações dentro do Brusque, e que um episódio recente – não especificado – o deixou particularmente contrariado, o que o fez tomar a atitude de deixar a presidência do conselho.

Após a saída de Camargo, o secretário Antônio Carlos Cerchiari Junior também deixou a diretoria. Com isso, restou apenas o vice-presidente Jandir Rezini. Seu compromisso, agora, é o de convocar os demais conselheiros – cerca de 30 pessoas fazem parte – e recompor a mesa diretora com outros nomes.

“Primeiramente vou regulamentar minha situação, pois eu tinha também um cargo na diretoria executiva. Estou me desligando deste cargo para tomar a presidência do conselho e eleger o restante da mesa diretora do conselho”, afirma Jandir.

“Não era o que eu sonhava”
Em tom de despedida, Camargo afirma que chegou ao seu limite dentro das condições de presidente do conselho deliberativo. “Não era o que eu esperava. Não era o que eu sonhava depois de tanto tempo dedicado ao Brusque. Dei o meu sangue pelo Brusque nestes 18 anos”.

No início dos anos 2000, Camargo foi convidado para fazer parte do conselho e também para prestar serviços jurídicos, devido sua formação na área de Direito. “O Brusque tinha muitos problemas. Conseguimos equacionar isto. Trabalhei por 15 anos de forma gratuita para isso. Lá por 2003 eu assumi a presidência do conselho e nunca mais havia saído”.

“Meu braço direito”
O presidente da diretoria executiva, Danilo Rezini, não ficou feliz com a notícia da saída de Camargo. Para ele, Camargo precisa repensar. “Vou conversar com ele e tentar demovê-lo de sua decisão. O Camargo é meu amigo, e desde que assumi o clube, em 2008, sempre trabalhou ao meu lado. É meu braço direito no Brusque”.

Rezini diz que esta decisão o pegou de surpresa, embora soubesse que há tempos Camargo estivesse desgostoso com algumas atitudes praticadas dentro do clube. “Ele vinha reclamando sobre coisas dentro do futebol que ele não concorda, mas sempre tivemos bom convívio. Me chamou a atenção essa posição dele, mas temos que respeitá-lo como ser humano, já que ele sempre foi fiel ao Brusque”.