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Insatisfeitos, cerca de 250 pais de alunos definem reivindicações ao Colégio São Luiz

Eles não gostaram de decisões tomadas pela administração sem consultá-los

Cerca de 250 pais e mães de estudantes do Colégio São Luiz se reuniram na noite desta terça-feira, 14, em assembleia no auditório da subseção da Ordem dos Advogados do Brusque (OAB) em Brusque.

Eles discutiram ações que irão tomar após uma série de medidas administrativas feitas pela diretoria, que incluiu o afastamento de funcionários antigos e o corte de estruturas. O estopim das insatisfações foi a troca de funções do professor Fabrício Bado, o Fabico, coordenador da instituição, levando a manifestos realizados nesta segunda-feira, 13.

Durante o encontro, foram aprovadas as seguintes reivindicações e medidas: criação de conselho escolar; desvinculação financeira do colégio e faculdade; mais transparência na administração; manutenção do método Bom Jesus na área pedagógica e administrativa; reativação do ambulatório e ampliação das atividades extracurriculares e de esportes.

As reivindicações serão levadas pela comissão formada por pais nesta semana, com prazo para resposta.

Insatisfação
Uma mãe que possui dois filhos matriculados no colégio e não quis se identificar relata que foi realizada uma mobilização por volta das 7h desta segunda-feira, 13, na qual boa parte dos alunos do Ensino Médio, com respaldo dos pais, se recusaram a entrar nas salas de aula. O motivo principal é o afastamento do professor Fabico de seu cargo de coordenador. Ele tem mais de 20 anos no cargo e ficou com outra função pedagógica.

“A explicação foi baseada na implantação da Base Nacional Comum Curricular, com mudanças para acompanhá-la, mas não convenceu. Uma nova coordenadora foi contratada, não é nada contra a pessoa e a profissional. É em defesa do Fabico, que está lá há anos, conhece cada um pelo nome.”

O fim do ambulatório também é uma preocupação. “Há alunos que têm necessidades especiais, precisam do ambulatório em situações específicas. É uma facilidade para todos os alunos, na verdade, que podem contar com essa estrutura em algum acidente, alguma situação de enfermidade.”

Na opinião da mãe, a comunicação também tem sido um problema. A reclamação é de que a diretoria não tem dado ouvidos aos pais e nem dado justificativas claras sobre as diversas e recentes mudanças na administração. De acordo com o relato, a comunicação tem sido quase unilateral, por praticamente um único canal de comunicação: o aplicativo do colégio.

“Temos dificuldade de acesso às informações. Providências são tomadas e só sabemos depois que são aplicadas. Um conselho escolar seria um canal mais próximo da direção”, relata o advogado Paulo Piva.

Ele reitera que o afastamento de funcionários de longa data, de confiança dos pais, têm sido afastados ou demitidos com mais frequência na nova gestão, embora já acontecessem antes.

“Não é nada pessoal, não é contra nenhuma pessoa, é contra um modo de administração, pedimos ajustes administrativos. Não é contra diretor, coordenadora, professor. Estamos buscando o melhor para o colégio. Colégios como o Cônsul e o São Luiz são tradicionais, são um patrimônio do município”, explica.

A reportagem tentou contato com o padre Claudio Marcio Piontkewicz, diretor do colégio. Foi informado que ele está viajando e não pôde atender o pedido de entrevista neste momento.