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Instituto Aquila presta esclarecimentos sobre atuação junto à Prefeitura de Brusque

Diretor da empresa afirma que não há qualquer irregularidade, e afirma que projeto da empresa para o município é único

Representantes do Instituto Aquila estiveram em Brusque nesta quinta-feira, 19, para participar de reunião na Câmara de Vereadores.

O objetivo era prestar esclarecimentos a respeito das polêmicas que envolveram a empresa no começo do ano, quando o ex-procurador do município, Mário Mesquita, acusou a prefeitura de favorecê-la com contratação por dispensa de licitação, por R$ 1,1 milhão

O caso foi tornado público por Mesquita, que também acusou funcionários do alto escalão da prefeitura de tentar força-lo a assinar um parecer favorável à contratação do instituto.

Mesquita foi exonerado e a contratação não se confirmou. O Ministério Público de Santa Catarina (MP-SC) e o Tribunal de Contas do Estado (TCE-SC) arquivaram as investigações que conduziram sobre o caso, por entenderem que não houve irregularidades.

Quem falou aos vereadores presentes foi o diretor-técnico e sócio do instituto, Raimundo Godoy, o qual inicialmente explicou que a empresa foi indicada pela Havan, e veio até a prefeitura para apresentar seu projeto.

“Foi pedido um estudo e se levantou os dados, não pegamos nada da prefeitura”, afirma.

Ele se refere ao fato de que o ex-procurador acusou a empresa de atuar ilegalmente na prefeitura, quando esta fez a sua coleta de dados nos setores, para embasar o estudo. Para Godoy, é importante a empresa esclarecer publicamente sua participação no processo.

“Temos que entrar pela porta principal e sair pela porta principal”, discursou.

Godoy disse que inúmeras vezes a empresa já prestou esclarecimentos ao Ministério Público e às Câmaras de Vereadores, e jamais respondeu qualquer processo. Por isso, as acusações de Mesquita os deixou “perplexos”. “O problema foi dizer que os colegas do Aquila estavam cometendo irregularidades”.

O Instituto também não gostou de uma carta aberta publicada pelo ex-procurador em seu perfil no Facebook, no qual acusa a empresa de atuação ilegal.

“Quando esse cidadão [Mesquita] colocou isso nas redes sociais, deve ter pensado: veio aqui um bando de mineiros para assaltar a prefeitura, por desconhecer nossa trajetória de 40 anos”.

Ele afirmou, inclusive, que a empresa notificou duas vezes o ex-procurador para que esclarecesse suas acusações, mas ele não respondeu nenhuma, e sugeriu à Câmara de Vereadores que o convide a prestar esse esclarecimento.

“Ele faz uma série de acusações, recebe duas notificações e não fala nada?”, questiona o empresário, o qual informou que o Aquila não tinha nenhum motivo para tentar tirar qualquer centavo da prefeitura, porque possui uma carteira de projetos de R$ 150 milhões, e cerca de 50 novos clientes prospectados.

Projeto apresentado à prefeitura
Em um segundo momento da apresentação, o Instituto Aquila mostrou aos vereadores resultados do projeto que foi apresentado à Prefeitura de Brusque.

Godoy diz que não há ilegalidade na possibilidade da empresa ser contratada sem licitação porque possui um método único de trabalho, com software que mapeia os indicadores dos municípios. “Isso se chama notório saber e notória competência”, diz.

Ele citou resultados alcançados em cidades como Manaus, onde o estatuto do servidor foi reformulado e garantiu economia anual de R$ 60 milhões em folha de pagamento. Disse que os mesmos estudos que a empresa faz em semanas levariam anos, se feitos por prefeituras.

Presente à audiência, o secretário de Governo e Gestão Estratégica, William Molina, diz que o diagnóstico feito pela empresa está na prefeitura, mas não pode ser aplicado pois não há profissionais especializados para isso.

Vereadores questionaram o fato de ter havido uma grande demora por parte do instituto e do Executivo em prestar esclarecimentos sobre o projeto e a relação entre ambos, e que isso foi o que motivou a crise gerada no governo.

Na reunião, a empresa ainda apresentou diversos relatórios nos quais garante que a Prefeitura de Brusque poderia ter uma economia de R$ 25 milhões em até um ano.