Intercambistas canadenses se despedem do Colégio São Luiz, em Brusque
Acolhimento dos brusquenses e a proximidade entre alunos e professores foi o que mais surpreendeu as estudantes
Acolhimento dos brusquenses e a proximidade entre alunos e professores foi o que mais surpreendeu as estudantes
Após 15 dias vivendo a rotina do Colégio São Luiz, em Brusque, as sete alunas do Séminaire du Sacré-Coeur, do Quebec, no Canadá, se despedem do Brasil neste sábado, 21.
O intercâmbio marcou a segunda etapa da parceria entre o Colégio São Luiz e a instituição canadense que, no início do ano, acolheu estudantes de Brusque que formam o time de vôlei do colégio.
Para o diretor do Colégio São Luiz, padre Silvano João da Costa, a experiência trouxe significativos aprendizados.
“É um sentimento de gratidão por tudo que vivemos nesta presença dos alunos e professores do Quebec. Compartilhamos o nosso jeito de ser e de fazer educação no Brasil, em tudo passa pelo acolhimento”, avalia.
Padre Silvano também agradece às famílias dos estudantes do colégio, que hospedaram as intercambistas, bem como os professores que estiveram mais envolvidos com o projeto.
“São marcas inesquecíveis para a história da nossa instituição, que comemora 120 anos de fundação em meio às experiências internacionais. É quando percebemos que o sorriso, o abraço e o acolhimento são iguais em todas as culturas, o que nos dá a certeza de que é o amor que nos une”, expressa padre Silvano.
Expectativas superadas e vivências que serão guardadas para sempre na memória e no coração. É com esse sentimento que as jovens canadenses deixam a cidade.
“Foi muito melhor do que eu esperava. O que eu mais gostei foram as pessoas, que são muito acolhedoras e estão sempre felizes. Quando nos veem, todos nos abraçam, é muito bom”, conta Ellie Marris.
O jeito brasileiro de ser também foi o que mais encantou Océane Lernay-Joly.
“Os alunos aqui são bem unidos e próximos. É muito bom ser recebida com tanto carinho pela manhã, quando chegamos na escola. É realmente um bom dia”, afirma.
Joana Daigreault também aprovou o carinho recebido das pessoas que conheceu. “Foi tudo como eu esperava que fosse”, garante.
A jovem Mia-Lee Berniquez, por sua vez, cita a proximidade entre alunos e professores. “É muito legal ver a relação em sala de aula, a participação ativa dos estudantes e as trocas que ocorrem, gerando aprendizado. No Canadá, as aulas são sempre muito silenciosas, bem diferente do que vimos aqui”.
Os diversos eventos realizados pelo Colégio São Luiz também foram elogiados pelas intercambistas. Elas acompanharam a abertura da 36ª Maratona da instituição, na noite de 17 de outubro, e ficaram encantadas com o projeto.
“Percebemos como a cultura é forte. Os alunos se engajam, se dedicam, participam e se unem. Isso é muito impressionante”, conta Mara Fournier.
Para Juliette Quesnel, entre as lembranças, ficará a arquitetura da cidade. “Aqui os locais são todos abertos, com muitas janelas e áreas ao ar livre. No Canadá, as construções são fechadas por causa do clima”, relata.
Gabrielle Grandin viveu com mais intensidade a prática do vôlei em Brusque, ainda que não existam grandes diferenças no aprendizado e na execução do esporte. “Jogar vôlei no Brasil foi muito legal. Poderia até jogar mais”, expressa.
O técnico do time de vôlei do Séminaire du Sacré-Coeur, Gilbert Landry, acompanhou as estudantes e ficou admirado com o que viveu.
“A beleza é impressionante, mesmo com chuva. A limpeza da cidade e da escola também chama a atenção”, diz.
Ele ressalta a presença de valores na rotina dos estudantes. “Percebemos como o carisma de uma instituição dehoniana se revela e está presente no dia a dia da comunidade escolar”.
Mãe de uma das intercambistas, Marie-Josee também enfatiza o quanto os valores se traduzem em sentimentos e humanizam a rotina do colégio.
“No Canadá somos mais introspectivos. Aqui foi possível recuperar valores como o acolhimento, receptividade e o calor humano”.
Ela ainda cita a visita que o grupo fez à Associação Empresarial de Brusque, Guabiruba e Botuverá (ACIBr), como um momento importante para compreender essa união que estimula o crescimento em conjunto, por meio do associativismo.
“Vimos como aqui há um cuidado de uns com os outros. Há preocupação em todos crescerem juntos e de se ajudarem como comunidade. Também percebemos muito respeito entre alunos e professores, além da admiração de todos pela escola. Há um sentimento forte de pertencimento”.
A coordenadora do Programa Internacional do Séminaire du Sacré-Coeur, Anastasiia Lavrynets, ressalta a importância de apresentar para as alunas os valores dehonianos em prática ao redor do mundo.
“Elas compreenderam que não estamos sozinhos no Canadá: somos uma família. É importante explorar as escolas da mesma congregação. Não somos um ponto sozinho no mundo, somos dehonianos pelo mundo”.
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