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Prefeitura investiga casos de fura-fila da vacina contra Covid-19 em Brusque

Lista com nomes de todos que já receberam a primeira dose do imunizante será avaliada

A Prefeitura de Brusque está investigando casos de fura-fila da vacina contra a Covid-19 na cidade.

A vacinação, que iniciou na terça-feira, 19, deve seguir a lista de prioridades estipulada pelo Ministério da Saúde. Neste primeiro momento, devem ser vacinados os profissionais da saúde que atuam na linha de frente atendendo pacientes infectados, além de asilados e idosos.

De acordo com o secretário de Saúde, Osvaldo Quirino de Souza, a pasta recebeu denúncias de que algumas pessoas que já receberam a primeira dose no município não fazem parte do grupo prioritário.

Ele informa que a prefeitura está apurando a veracidade das denúncias. Segundo o secretário, uma listagem com o nome e o CPF de todos que já tomaram a vacina foi solicitada e será analisada.

Um dos casos que a secretaria deve investigar é o de estudantes de medicina que já teriam tomado a vacina, mas não se enquadram neste primeiro grupo que deve ser imunizado.

“Há muito boato, conversas em todos os lugares sobre esse assunto devido à escassez de vacina. Estamos apurando. Pedimos avaliação e vamos checar para ver se essas denúncias têm consistência”, afirma o secretário.

Ele destaca que este é um processo que pode levar alguns dias para ser concluído. “Vamos receber a lista, com o enquadramento de cada um e assim verificar se está dentro da normatização. Vamos checar se foram cumpridos todos os protocolos”.

Souza afirma que ainda não há uma normativa sobre como proceder caso as denúncias sejam comprovadas.

Casos no Brasil

Promotores de Justiça e procuradores da República de diferentes regiões estão instaurando procedimentos para apurar denúncias de favorecimento a pessoas que, mesmo não fazendo parte de nenhum dos grupos considerados prioritários, teriam recebido a primeira dose da vacina contra o coronavírus.

Levantamento realizado pelo site Agência Brasil aponta que, em ao menos dez estados, além do Distrito Federal, denúncias já motivaram os ministérios públicos estaduais e Federal a cobrar explicações dos governos locais sobre eventuais irregularidades na fila de prioridade, prevista no plano federal e em planos estaduais de vacinação.

Os casos investigados são no Amazonas, Amapá, Bahia, Ceará, Distrito Federal,Pará, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte e Sergipe.