Irregularidade no terreno emperra construção do Centro de Inovação Tecnológico
Governo do estado não aprovou aditivo de R$ 1,5 milhão que seria utilizado para adaptar a obra ao solo rochoso
Governo do estado não aprovou aditivo de R$ 1,5 milhão que seria utilizado para adaptar a obra ao solo rochoso
Neste ano, a Associação das Micro e Pequenas Empresas de Brusque (AmpeBr) adquiriu um terreno na rua Itajaí de 4,3 mil metros quadrados no valor de R$ 960 mil. Destes, 2,7 mil metros quadrados foram cedidos ao governo do estado para a construção de um Centro de Inovação Tecnológico – o restante do espaço será utilizado para a construção da sede da AmpeBr. No entanto, a parte cedida ao poder público estadual poderá ser devolvida à entidade devido a irregularidades no terreno.
O projeto de aproximadamente R$ 5,2 milhões será custeado parte por uma emenda parlamentar do deputado federal Paulo Bornhausen e parte pelo governo do estado. O problema é que com as irregularidades no solo, a obra precisaria de um aditivo de R$ 1,5 milhão. Recurso que, segundo o diretor de Ciência e Tecnologia e Inovação da Secretaria de Estado do Desenvolvimento Sustentável (SDS), Dalton Silva Ribeiro, o governo não autorizou.
“O terreno tem problemas com rochas e para construir a estrutura física precisaríamos modificar algumas partes do projeto. O governo apenas vai repassar o valor que estabeleceu no início, sem aditivos. Por isso estamos procurando algum outro terreno para devolvermos esse ou então vamos atrás de alguma outra alternativa. Mas o município pode ficar tranquilo porque não haverá prejuízo para AmpeBr. O centro vai sair”, afirma.
Na sexta-feira, representantes da SDS e da empresa responsável pela construção do centro se encontrarão em Brusque para definir os próximos passos. O resultado final sobre a devolução ou não do terreno deve ocorrer na semana que vem. Mesmo com os entraves, o presidente da AmpeBr, Luiz Carlos Rosin, espera que a pedra fundamental da obra seja lançada em 2015.
“O centro não será só da AmpeBr, será da comunidade como um todo. A ideia é desenvolver mais ainda os setores têxtil, cerâmico, calçadista e metal mecânico no Vale do Itajaí e Vale do Rio Tijucas. Com a tecnologia e a inovação, as pessoas terão mais conhecimento na área de informática e as empresas poderão trabalhar com produtos mais requintados”, afirma Rosin.
Além da AmpeBr, integrarão o centro, a Secretaria de Estado de Desenvolvimento Regional (SDR) de Brusque, a prefeitura de Brusque, a Câmara de Vereadores de Brusque, a Prefeitura de São João Batista, a Unifebe, o Instituto Federal Catarinense, a Faculdade São Luiz, a Fundação Educacional Evangélica, a Associação Empresarial de Brusque (AciBr), a Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Brusque e o Clube de Engenharia, Arquitetura e Agronomia de Brusque (CEAB).
“A longo prazo esse centro será de grande importância para a região. E com isso a renda per capita dos envolvidos deve melhorar bastante. Temos o exemplo de Florianópolis que tem o centro de tecnologia na área de Tecnologia da Informação e que hoje já é referência no Brasil. Quem sabe possamos ser referência também”.