Itajaí tem 200 focos de dengue e preocupa vigilância de Brusque
Unidades de Saúde e os hospitais do município foram alertados quanto aos sintomas
Unidades de Saúde e os hospitais do município foram alertados quanto aos sintomas
Este ano, a Vigilância Epidemiológica encontrou sete focos de dengue em Brusque. Todos registrados no primeiro semestre. Entretanto, o município está em alerta pois nos últimos cinco meses os casos em Itajaí dispararam. Até o momento, 200 focos foram encontrados na cidade vizinha.
Segundo a coordenadora do Centro de Vigilância em Saúde, Fernanda Lippert, a situação preocupa pela proximidade entre os municípios. Enquanto Brusque registrou 15 casos de pessoas com suspeita de dengue em 2014, Itajaí registrou 45. Aqui todos foram descartados, mas lá dois casos foram confirmados.
“Nós estamos apavorados com a situação de Itajaí, são muitos casos de focos. Aconteceu um desequilíbrio muito grande lá no últimos meses, porque eles sempre estavam na nossa média. O último foco verificado em Brusque em junho foi no bairro Limoeiro, divisa de Itajaí. Isso aumenta a nossa apreensão. E muitas pessoas transitam entre as duas cidades”, afirma Fernanda.
Para assegurar a saúde dos brusquenses, as Unidades de Saúde e os hospitais receberam alertas quanto aos sintomas das doenças. Os médicos foram orientados a pedir exames laboratoriais a pessoas que voltaram de Itajaí com febre, tontura, dor de cabeça e demais indisposições.
Controle
Além do cuidado com possíveis casos, a Vigilância Epidemiológica também atua na prevenção. No total, 475 armadilhas estão espalhadas pelo município. Os agentes de endemias – funcionários responsáveis pelo controle da dengue – distribuem as armadilhas a cada 300 metros principalmente em locais propensos à proliferação, como cemitérios, floriculturas, borracharias e ferros velhos.
“Nesses locais mais perigosos, nossos agentes fazem visitas quinzenais. Chamamos esses locais de pontos estratégicos. Nosso agente orienta o proprietário e faz a inspeção. Agora com a chegada do verão, o clima é ideal para o mosquito. No verão chove por mais dias, e a chuva associada ao calor é o que o inseto precisa para continuar o ciclo de vida e aumentar o número de larvas”, explica a coordenadora.
Número de agentes
Em matéria publicada na edição de 23 de maio deste ano do MDD, noticiou-se que a prefeitura reduziu de seis para três o número de agentes de endemias. A justificativa dada na época era de que os funcionários não haviam sido contratados para a função. Na mesma matéria, uma das ex-agentes do município disse que para um controle efetivo do combate à dengue seriam necessários de 8 a 10 agentes, com dois deles trabalhando em cada um dos focos.
De acordo com a coordenadora Centro de Vigilância em Saúde, no final daquele mês, mais quatro agentes foram contratados para juntarem-se aos três restantes. No entanto, no início do ano que vem, a prefeitura abrirá novo edital para a contratação de mais profissionais. Para Fernanda, o número atual é suficiente para suprir a necessidade de Brusque.
“Temos uma rotatividade muito grande. Já vamos aumentar o pessoal com a contratação no início do ano. Se aumentar ainda mais a demanda vamos aumentar o pessoal. O ideal é que a população nos ajude não deixando água parada. E também se alguém ver alguma situação irregular no vizinho, como uma piscina abandonada por exemplo, é importante denunciar. O mosquito tem o ciclo de vida de sete dias. Se deixar água parada durante esse tempo ele pode se criar”.
Localização dos focos em Brusque
Bateas (dois mosquitos)
Limoeiro ( três mosquitos)
Santa Terezinha (um mosquito)
Santa Rita (um mosquito)
Sintomas gerais da dengue
Febre alta
Forte dor de cabeça
Dor atrás dos olhos, que piora com o movimento dos mesmos
Perda do paladar e apetite
Manchas e erupções na pele semelhantes ao sarampo, principalmente no tórax e membros superiores
Náuseas e vômitos
Tontura
Extremo cansaço
Dor no corpo – ossos e articulações