Ivan Martins cobra explicações sobre venda da Fazenda Padre Kleine
Para o vereador, Mitra está fazendo “pouco caso de Brusque” ao não se manifestar sobre o assunto
Para o vereador, Mitra está fazendo “pouco caso de Brusque” ao não se manifestar sobre o assunto
Na sessão da Câmara de Vereadores de Brusque, realizada na noite desta terça-feira, 6, o vereador Ivan Martins (PSD) repercutiu notícia publicada no Município Dia a Dia, no mês de novembro, sobre a venda da Fazenda do Padre Kleine pela Mitra Arquidiocesana de Florianópolis.
Para o vereador, a Mitra deve satisfações aos brusquenses sobre a venda ou não da área de 600 hectares – localizada no bairro Brilhante, em Itajaí – que foi adquirida há 50 anos pelo Padre Kleine, com o objetivo de manter criação de gado e plantação de arroz, contribuindo com a manutenção da estrutura do Hospital Azambuja e do Seminário.
À época da reportagem, a Mitra confirmou que há negociações em andamento, no entanto, há informação de que a área já foi vendida para uma empresa de Joinville e contra a vontade dos administradores do Complexo de Azambuja. “Eu li que na época que a área foi comprada, o Padre Klein dizia que a fazenda não deveria ser vendida, mas se fosse, que o recurso deveria vir para o hospital”, diz Martins.
De acordo com ele, os vereadores têm o dever de fiscalizar o caso, já que o hospital recebe recursos públicos e o complexo de Azambuja sempre foi mantido pela população. “Se a comunidade sempre bancou o ônus do Complexo de Azambuja, porque razão devemos aceitar passivamente a negociação desta área sem dar satisfação para a comunidade e para a direção do complexo?”, questiona.
Martins destaca ainda que o país vive um momento de transparência e que a negociação da fazenda foi feita às escuras. “Não podemos aceitar que uma negociação desse porte seja feita assim. Não podemos admitir que a igreja tome uma decisão dessas. No meu entendimento, estão fazendo pouco caso de Brusque”.
O vereador Valmir Ludvig (PT) também se manifestou sobre o assunto. “Estudei no seminário e conheci o padre Kleine. Isso é muito grave. A fazenda significa muito para Azambuja, é um desrespeito o que estão fazendo”.
Ao fim de seu pronunciamento, Martins destaca que na próxima sessão fará um requerimento cobrando explicações sobre a negociação da fazenda “para que os brusquenses possam entender o que realmente está acontecendo”.