Já em casa, menino que caiu do barranco surpreende médicos pela rápida recuperação

Mateus Felipe Gomes ficou internado no Hospital Infantil Joana de Gusmão, em Florianópolis por 40 dias

Já em casa, menino que caiu do barranco surpreende médicos pela rápida recuperação

Mateus Felipe Gomes ficou internado no Hospital Infantil Joana de Gusmão, em Florianópolis por 40 dias

Há dez dias em casa, Mateus Felipe Gomes, 6 anos, se recupera bem, após ter caído de um barranco de 15 metros, no loteamento Planalto, no bairro Limoeiro, em 30 de janeiro. O menino, que foi encaminhado ao hospital em estado grave, surpreendeu muito os pais e a equipe médica. Mateus ficou internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Infantil Joana de Gusmão, em Florianópolis por 40 dias, e no dia 9 de março passou por uma cirurgia de reconstrução do rosto.

Agora em casa, recebe os cuidados dos pais Juliana Schotten Gomes e Eliseu Gomes, e da irmã Estefani. “Fico bastante em cima, porque ainda está cicatrizando, então tenho medo de bater e machucar de novo”, diz a mãe.

A recuperação de Mateus tem sido inexplicável até mesmo para médicos. Segundo os especialistas, o menino poderia ficar com até duas sequelas: sem andar e não enxergar direito. Porém, a previsão não se confirmou. “Ele às vezes me diz que não consegue ouvir direito com um ouvido, e também está um pouco esquecido, e às vezes fala algumas coisas sem sentido, mas é muito recente também para saber se ficará assim para sempre”, diz Juliana.

Depois de ter ficado tanto tempo longe de casa, o menino agora está bastante apegado à mãe. Ela ressalta que com toda a situação, o filho está mais nervoso e mais triste. “Mas acredito que logo passará. Ele está recebendo bastante visitas e isso ajuda também”.

Ontem, Mateus voltou ao hospital em Florianópolis para retirar os pontos do rosto. “Os médicos preferiram dividir em duas, pois somente a primeira demorou 6 horas e meia e era uma cirurgia de risco”, lembra a mãe. A segunda operação será retirada um osso da bacia do menino para fazer enxerto no osso da face.

Para não perder o ano escolar, o menino matriculado no primeiro ano recebe as atividades das professoras para fazer em casa. “Como ele está de atestado, não sabemos quando poderá retornar para a escola. Então ele faz os trabalhos em casa por enquanto”, explica a mãe.

Os pais agradecem a todas as pessoas que ajudaram e continuam ajudando a família. Devido ao acidente do menino, a mãe precisou sair do emprego para se dedicar ao filho. O pai é pedreiro, mas está com dificuldade de conseguir trabalho. “Muitas pessoas nos ajudaram, são mais de 300, e todas ajudaram da maneira que podiam e tudo que recebemos foi muito bem utilizado”.

Para as pessoas que ainda desejam ajudar, podem ligar para Eliseu e Juliana, pelos números 9624-2965 e 9190-1877, respectivamente. “Quem quiser visitar o Mateus, nossa casa está de portas abertas e ficaremos muito felizes também”, convida Juliana.

Força de vontade

O que mais surpreende os pais é a força de vontade de Mateus em se recuperar logo. Ao retornar para casa, o menino teve uma alergia por conta de um remédio. A médica instruiu ele a tomar bastante água para melhorar e o menino seguia as recomendações corretamente. Segundo o pai, ele pegava uma garrafinha de água de 500 ml e tomava de uma vez só e pedia mais. “Ele é muito forte, tem muita força de vontade. Isso me deixa muito orgulhoso. O Mateus é um milagre”.

Eliseu acrescenta que em todos os momentos o menino entendia a situação e o pai sempre explicava tudo o que ia acontecer, para encorajá-lo. “No dia da cirurgia, eu disse tudo certinho para ele o que iria acontecer para ele ficar calmo. Ele saiu do quarto igual um homenzinho e nós caímos no choro”, conta.

Visita aos bombeiros

No domingo e na segunda-feira, Mateus e sua família foram até o quartel do Corpo de Bombeiros para visitar os militares e agradecê-los pelo atendimento. O menino foi apresentado a todo o efetivo e conheceu toda a estrutura do local. Por fim, recebeu uma miniatura do caminhão de bombeiros como presente. “Gostei de ir lá. Quando crescer quero ser bombeiro para também poder salvar a vida das pessoas”, diz o menino.

Os pais contam que o sonho do filho sempre foi ser policial militar, mas depois da visita, o pensamento mudou. Nesta semana o menino deverá também conhecer a estrutura do 18º Batalhão da Polícia Militar.

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