Jerson Testoni explica falas sobre tristeza e bastidores de sua saída do Brusque
Treinador reiterou gratidão e carinho ao clube, mas gostaria que rumos de sua demissão tivessem sido diferentes
Nesta segunda-feira, 13, durante entrevista no Debate CM, da rádio CM Esportes, o técnico Jerson Testoni havia expressado insatisfação na maneira com a qual sua saída do Brusque foi tratada dentro do clube. Ele se mostrou desagradado pelo fato de a diretoria ter feito reuniões separadas com comissão técnica e jogadores antes de conversar pessoalmente com o treinador para acertar sua demissão.
“(…) A forma que foi conduzida [a saída] eu não concordei e falei isso para o André [Rezini, diretor executivo] e para o presidente [Danilo Rezini], que foram os dois que mais me defenderam. (…) Eu soube que fizeram uma reunião com os jogadores de manhã e à tarde com a minha comissão sem eu estar presente, e isso jogou minha comissão contra mim. Gerou um desgaste grande. Tentaram encontrar argumentos para me tirar, sendo que os nove jogos sem vencer já bastariam. Essa questão [das reuniões] me tirou o sono, me deixou triste e decepcionado, mas o meu nome está na história do Brusque e isso ninguém vai tirar de lá”, relatou na segunda-feira, 13.
Na terça-feira, 14, a O Município, após a repercussão da declaração, o treinador explicou que o episódio das reuniões sem sua presença não teve influência sobre a gratidão e o carinho que tem pela diretoria, pela torcida e pelo elenco quadricolor. De sua parte, as portas permanecem abertas.
“Eu tenho uma gratidão enorme pelo grupo de atletas, pela diretoria, pela torcida, pelo clube, pela oportunidade que eu tive. A única coisa que quis colocar naquele momento foi a tristeza, foi ter ficado um pouco chateado por como conduziram [a demissão]. Poderia ter sido com os três principais comandantes do clube, quatro, cinco diretores, dizendo ‘ó, a gente vai trocar pelos nove jogos [sem vitória], e tal, a gente acha melhor, porque os times lá de baixo estão subindo, estamos há cinco jogos sem fazer gol…’ Eu iria tranquilo, porque em qualquer lugar do mundo com nove jogos sem vencer a gente seria demitido.”
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“Eles já tinham o argumento dos nove jogos. Não precisava ter feito a reunião de manhã com os jogadores e à tarde com minha comissão, sem minha presença e a do Marcos [Abella, preparador físico]. Foi com isto que fiquei meio triste, chateado, por como conduziram. Mas volto a falar, tenho uma gratidão eterna por eles. Até parece, assim, que foi uma confusão danada, mas não foi. Só quis expressar isso. Não foram várias reuniões. Foi uma de manhã com os jogadores e outra à tarde com o estafe, sem a minha presença”, complementa Testoni.
“De repente fizeram isso porque alguns estavam em dúvida. O presidente e o André [Rezini] talvez não quisessem minha saída e queriam encontrar algum outro argumento para a troca. Entendo também.”
A saída de Jerson Testoni foi anunciada na última quinta-feira, 9, em uma passagem de 710 dias. O treinador comandou o Brusque em 97 jogos (102 contando período de 2017) e conquistou os títulos da Recopa Catarinense e da Copa Santa Catarina, além do acesso à Série B do Campeonato Brasileiro.
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