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Construção do primeiro paço municipal

A história registra que o fundador da cidade, Barão de Schneéburg, daqui saiu em 1867, doente, quase cego e frustrado por não ter conseguido construir uma sede decente para a direção da então Colônia Brusque. Tinha trabalhado num casebre coberto de palha. Passaram-se 60 anos e a administração municipal continuava sem sede própria para atender […]

A história registra que o fundador da cidade, Barão de Schneéburg, daqui saiu em 1867, doente, quase cego e frustrado por não ter conseguido construir uma sede decente para a direção da então Colônia Brusque. Tinha trabalhado num casebre coberto de palha. Passaram-se 60 anos e a administração municipal continuava sem sede própria para atender à população de uma cidade que havia crescido bastante.

Porém, no dia 22 de julho de 1916, a Gazeta Brusquense noticiou que o engenheiro Reinholz se encontrava na cidade, para elaborar o projeto de construção da sede da Superintendência, hoje, Prefeitura Municipal. Dizia o jornal que Brusque, enfim, teria “um sumptuoso edifício” para abrigar as repartições públicas, não só municipais, mas também federais e estaduais. Inclusive, o fórum da comarca e o correio.

Vale ressaltar que a obra ainda estava no papel, era apenas um projeto. Mas, a Gazeta estava certa de que Carlos Renaux, então presidente do Conselho Municipal, construiria com a maior rapidez um excelente prédio para municipalidade: “este é mais um importante melhoramento que Brusque deve ao incansável e preclaro gênio do chefe Carl Renaux”. Como se vê, o jornal acreditava plenamente na capacidade empreendedora do coronel Renaux.

De qualquer forma, parece que naquele tempo as promessas políticas eram feitas para serem cumpridas. De fato, um ano depois, na sua edição de 25 de julho de 1917, o mesmo jornal publicava uma outra nota, desta vez, assinada pelo próprio presidente Carl Renaux. Dizia ele que o domingo próximo, 29, seria “um dia de grande gala e de regozijo para Brusque”. Enfim, seria inaugurado um “vastoso e elegante edifício para agasalhar a administração municipal”.

Principal responsável pela obra, Carlos Renaux prossegue dizendo que já tinha construído duas pontes, “que resistiram galhardamente às águas impetuosas da grande enchente de 1911”. E, de volta à presidência do Conselho municipal, havia assumido a “promessa solemne” de embelezar as ruas principais e construir uma escola estadual para que “a nossa rapaziada possa receber a indispensável educação cívica e literária”.

Mas, a grande obra seria o imponente “Paço Municipal”, um prédio que fosse digno da grandeza da cidade. Com “a ajuda de Deus e o auxílio relevante do benemérito governador do Estado”, tinha sido possível cumprir a sua promessa de campanha eleitoral, disse Carlos Renaux.

Todos os munícipes estavam convidados para a grandiosa festa de inauguração, no domingo, 29.de julho. Mas, isso é assunto para outra crônica.