João José Leal

Promotor de Justiça, professor aposentado e membro da Academia Catarinense de Letras - [email protected]

Covid-19: a vitória da ciência e da vacina

João José Leal

Promotor de Justiça, professor aposentado e membro da Academia Catarinense de Letras - [email protected]

Covid-19: a vitória da ciência e da vacina

João José Leal

Quando pensávamos que as calamidades epidêmicas eram coisas do passado de mais de 100 anos, coisas comuns do tempo medieval, eis que o misterioso coronavírus viajou da longínqua China em pulmões infectados de turistas e gente de negócios para espalhar medo, doença e morte em todo o mundo. E ninguém vai esquecer de 2020, o ano dessa tragédia sanitária que se abateu sobre uma humanidade que se imaginava livre das pestes e doenças contagiosas.

Imaginando que as epidemias semeadoras de doença para colher mortes de encher cemitérios fosse coisa do passado, época em que as pessoas se conformavam com a desgraça como uma espécie de provação vinda dos demônios e anjos do mal, a humanidade deste começo de século 21 entrou em pânico ao se ver impotente diante desse impiedoso cavaleiro do mal, o coronavírus.

No Brasil, a primeira morte ocorreu em São Paulo, em março do ano passado. Logo, a epidemia se alastrou para tomar conta do país. Desde então, mesmo com afastamento social, mesmo com tanta gente mascarada caminhando como se a fugir do diabo estivesse; mesmo que os abraços, os beijos e os apertos de mãos tenham dado lugar a patéticos socos em cenas de afetivo pugilato, mesmo assim o terrível vírus tem sido cruel com a nossa gente.

Passamos 2020, uns rezando, outros tomando ivermectina e cloroquina, muitos outros que não acreditam em reza nem mandinga, torcendo para não passar pela provação da enfermidade que asfixia e mata. Ignorando a boa medicina, o tratamento precoce, rezas de homens de fé e sem vacina para combatê-la, a Covid visitou os recantos mais isolados deste assustado país para levar doença e morte a muitos milhares brasileiros.

Chegamos a 2021. O número de infectados pelo vírus continuou crescendo para atingir a espantosa marca de mais de 600 mil mortes, num assombroso morticínio que levou dor e tristeza aos lares das famílias brasileiras. Certamente, 2021 será lembrado como o ano das noites mal-assombradas e dos pesadelos povoados por virulentos fantasmas da patologia covidiana.

Foi um ano sem samba e sem carnaval, sem blocos e sem foliões nas ruas e passarelas, os salões fechados pelo medo do misterioso vírus. Um ano sem torcida nos estádios silenciosos, sem festa nas igrejas, nas escolas, nas ruas e praças de um país entristecido e enclausurado. Com tristeza, passamos o outono e o inverno a ver as folhas caídas a rolar sobre o chão da Terra-Mãe e, a cada dia, a contar os números da tragédia pandêmica.

Mas, a esperança é a última que morre e não há mal que sempre dure. Afinal, a humanidade precisa continuar a sua infinita caminhada. E chegamos à primavera, que dizem ser a estação em que a natureza se renova e tudo volta florir e a reviver. Coincidência ou mistério da natureza, a verdade é que a ciência derrotou o negacionismo obscurantista. Graças à vacina, o Brasil está vencendo a dolorosa batalha contra a Convid-19 e tudo indica que o coronavírus está sumindo dos ares desta nação adoecida para nos deixar em paz.

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