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Leonardo da Vinci, 500 anos de um gênio

Estive em São Paulo, centro cultural deste país tão pobre no campo das artes em geral e aproveitei para visitar a exposição Leonardo da Vinci – 500 Anos de um Gênio, que está sendo exibida no espaço do Museu da Imagem e do Som. Segundo os organizadores, a mostra coloca a capital paulista e o […]

Estive em São Paulo, centro cultural deste país tão pobre no campo das artes em geral e aproveitei para visitar a exposição Leonardo da Vinci – 500 Anos de um Gênio, que está sendo exibida no espaço do Museu da Imagem e do Som. Segundo os organizadores, a mostra coloca a capital paulista e o Brasil na onda das exposições imersivas. Pelo que verifiquei, um grande público está visitando a exposição, que agrada crianças, jovens e gente de todas as idades.

Para os mais novos, os miúdos, como dizem os lusitanos, a exposição é um convite para manusear, interagir com engrenagens e manivelas de uma centena de réplicas das máquinas inventadas pelo gênio italiano. Embora mais conhecido como pintor, por causa da famosa Mona Lisa, Leonardo da Vinci, com seus importantes estudos nas áreas de anatomia humana, matemática, arquitetura, engenharia civil, foi muito mais importante para a humanidade como cientista e inventor.

Com sua mente iluminada, muito além do seu tempo, dizendo que a simplicidade é a suprema sofisticação e que aprender nunca esgota a mente, Leonardo da Vinci idealizou e projetou algumas das invenções mais notáveis da sociedade humana. O avião e o helicóptero, o automóvel, o submarino e a bicicleta são alguns dos seus muitos projetos, hoje transformados em máquinas que fazem o progresso da humanidade.

Numa outra sala, chamada de “ala imersiva”, impressionantes imagens das principais pinturas e desenhos do grande gênio, como a Mona Lisa e o Homem Vitruviano são projetadas em telões de até nove metros de altura. A tecnologia usada permite mostrar ao público detalhes em alta definição das pinceladas e traços dessas importantes obras do renascimento italiano.

Sua famosa Mona Lisa, pintura que leva milhões de turistas a visitar o Museu do Louvre, faz de Leonardo da Vinci o pintor mais conhecido em todo o mundo. De Paris, parece que a pintura original não sairá mais. Assim, a Gioconda, como também é conhecida a emblemática obra, não veio a São Paulo. Mas, a exposição reserva uma sala exclusiva para contar a história da mais popular e contemplada pintura, que retrata uma mulher do final da Idade Média.

Muita gente com quem tenho conversado prefere as grandes pinturas clássicas sobre batalhas, paisagens bucólicas, imagens de santos e anjos, famílias reunidas como expressão da melhor arte plástica. Para esses, o retrato da Mona Lisa é uma pintura que não impressiona e até sem graça, apesar do sorriso desenhado em seus lábios pelo artista.
Porém, e não é de hoje, todos conhecem a Mona Lisa que ganhou excepcional fama mundial.

E, assim, muitas lendas, muitas estórias, rondam hoje a figura dessa mulher de cabelos compridos, de vestes escuras, braços entrecruzados, mãos superpostas. Seu olhar é cheio de mistério, dizem uns; seu sorriso conserva um enigma capaz de enlouquecer os homens, dizem outros apaixonados pela pintura. Na voz de Nat King Cole, a velha cação indaga se o “sorriso místico de Mona Lisa esconde um coração partido, se ela é real ou apenas uma fria, solitária e encantadora obra de arte?”