Campanha do Brusque não encanta, mas ainda é segura e realista no contexto da Série B

Quadricolor tem jogado dentro das suas limitações e segue brigando no meio do bolo

Campanha do Brusque não encanta, mas ainda é segura e realista no contexto da Série B

Quadricolor tem jogado dentro das suas limitações e segue brigando no meio do bolo

João Vítor Roberge

Há uma diferença entre o que o torcedor, de maneira geral, espera que o Brusque faça na Série B, e o que o Brusque pode realmente fazer hoje, com este elenco, sob o comando do técnico Luan Carlos. E é uma campanha de meio de tabela, de oscilações, jogos mais ou menos inspirados. Como a que vem sendo feita.

Não é de encher os olhos, mas ainda não é de desespero, não é de longas sequências sem vitória. Em 2021, houve uma queda assustadora com 12 jogos sem vitória.

O time não demonstra a apatia de algumas rodadas atrás. Seria muito melhor estar com uns quatro ou cinco pontos, mas o desempenho é irregular, o time perdeu pontos preciosos no Augusto Bauer contra adversários diretos. Mas, para agora, o Brusque não tinha obrigação de vencer o CRB, não tinha obrigação de vencer o Novorizontino e não tem a obrigação de vencer o Grêmio.

Às vezes, parece se exigir do Brusque aquele futebol da primeira parte de 2020, que não existe mais há algum tempo. É outro momento na história, e aquela geração do clube é outra, e o nível de competição é totalmente diferente.

A Série B precisa de garra, imposição física, defesa segura e de um ataque que entregue resultados. É este ataque que continua rendendo pouco, desde a reta final do Catarinense, e frustra o torcedor. O volume de chances criadas oscila, mas a produção é constantemente baixa. É repetitivo, mas é o que acontece. E a equipe tem se defendido muito bem.

Enquanto isso, parte da torcida do Brusque não ficará satisfeita enquanto Luan Carlos não for demitido. Waguinho Dias sofria uma pressão parecida, mas tinha uma vasta história no clube que impunha mais respeito. Com o orçamento reduzido do quadricolor, é de se ter um receio enorme sobre qual seria o substituto de Luan Carlos em uma hipotética e improvável demissão que nem está perto de acontecer. Não virá ninguém com a grife esperada, e não será garantia de melhorias. O filme já foi visto em abril, na saída de Waguinho Dias.

Pode ser que o quadricolor dispare no segundo turno e fique firme e forte na parte de cima. Tomara que consiga. Mas até aqui, o Brusque está com o futebol e a pontuação de meio de tabela de dentro de uma expectativa realista, quando se considera competição, clubes, elencos e técnicos. Com o passar do tempo, parece que o quadricolor está em seu limite.

Contra o Grêmio, que não perde desde 8 de maio e só sofreu cinco gols em 18 jogos, o que vier é lucro. Que seja o Brusque que luta, se entrega e honra a camisa, para tentar um novo marco na história recente do clube.

Brusque Grêmio Série B expectativas campanha


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