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Brusque ganha confiança com virada e finalizações que eram cada vez mais raras

Equipe se recuperou após um primeiro tempo bem abaixo do aceitável; Olávio e Matheus Nogueira se destacam em vitória

Há tempos o torcedor não via um Brusque que reagisse a um placar negativo como reagiu no segundo tempo diante de um competentíssimo Hercílio Luz neste domingo, 22. O time estava perdido em diversos momentos da primeira etapa, e até escapou de levar mais gols e perder o jogo rapidamente. O gol de empate mudou tudo, e a partida virou um cabo de guerra. As equipes alternaram momentos de pressão no ataque, mas foi o Brusque quem definiu o jogo.

Olávio pode não ser um sonho de centroavante, mas já mostrou do que é capaz. Foi letal nas chances que teve, sendo que ele tornou o lance do primeiro gol uma oportunidade. O Brusque carecia deste poder ofensivo desde a reta final do Catarinense do ano passado.

Não sei se os centroavantes daquele segundo semestre de 2022 conseguiriam finalizar como o camisa 9 naquela jogada: chute difícil, cruzado, forte, com a bola saindo da área, pouco ângulo, acertando a trave logo antes das redes. É um jogador extremamente necessário. Se mantiver esta pegada, pode construir uma história muito bonita no quadricolor.

É importante destacar a grande atuação de Matheus Nogueira. O goleiro vem fazendo boas aparições neste início. Pode não passar toda a segurança do mundo às vezes, mas salvou o quadricolor em diversas ocasiões, com lindas e decisivas defesas. Teria sido um pecado engolir aquele frango no primeiro tempo. Felizmente, foi só um susto, que acontece com qualquer um. Ficam as lembranças dos melhores momentos.

Do lado do Hercílio Luz, está sendo desenhada uma boa segunda temporada consecutiva. É um adversário indigesto, bem organizado. Tem capacidade para ir longe num campeonato de jogos ruins de se ver, mas muito equilibrado.

A vitória foi muito importante para manter a pegada e a confiança, após um empate insosso contra o Atlético-SC.

Faltam opções

Sem Luizinho, Luiz Henrique, Guilherme Queiróz e Cléo Silva, o Brusque tinha, nas duas rodadas mais recentes, 22 atletas, sendo quatro goleiros e 18 de linha. É pouco, e todos sabem. Faltam opções, especialmente do meio para a frente. Luizinho Lopes quer mais um ponta. De acordo com o treinador, há duas “vagas” a serem preenchidas, para que ele possa ter 28 jogadores no total.

Parece claro que o meio-campo também precisa de reforços. Hoje, o Brusque só tem Rodolfo Potiguar, Rodrigo, Luiz Henrique (lesionado), Diego Mathias, Jhemerson e Thiago Alagoano. Falta uma sombra para o camisa 10. Não por conta de suas atuações contestadas pela torcida neste início de temporada, mas simplesmente porque faltam opções para uma disputa por titularidade. Nos demais setores, há opções bem mais definidas e exclusivas.

Não custa lembrar que o plantel também não era vasto em 2022, diante de uma realidade mais favorável: 24 atletas começaram a temporada, excluindo aqui Marco Antônio e Gabriel Taliari, que tinham lesões graves; Lucas Silva e Bruno Santos, que chegaram depois, e que Guilherme (aquele ex-Corinthians, Atlético-MG e Cruzeiro) sequer chegou a ser relacionado e saiu pela porta dos fundos. Havia sido anunciado como reforço quando, na verdade, ainda tentava retomar a forma e a carreira, parada desde 2020.


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