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O Brusque precisa encarnar os melhores Brusques e dar motivos para acreditar na permanência

Se não houver uma ruptura radical no momento do time em campo, o rebaixamento será inescapável

A ascensão meteórica do Brusque nunca correu um risco tão claro de ser freada quanto em 2020. Naquela ocasião, o quadricolor empatou com o Criciúma no Heriberto Hülse, o Tombense teve um gol anulado contra o Boa Esporte no final, e a vaga à segunda fase da Série C foi garantida.

Depois, três empates completaram uma série de 10 jogos sem vencer, até que uma vitória histórica contra o Vila Nova mudou tudo e, nove dias depois, o Brusque subia à Série B, com um time sem um centroavante nato e sem torcida no estádio, que se abraçou e continuou a subir degraus e montanhas no futebol brasileiro. Ainda dava, mesmo depois de 10 jogos sem vitória.

Em 2022, o Brusque corre sério risco de rebaixamento, porque, por mais que o time se esforce, não consegue balançar as redes com regularidade. Matematicamente, há todas as condições para se manter na Série B. Pelo que foi visto nestas 30 rodadas, há poucos motivos para ser otimista. Mas ainda dá. Para mudar a história, não é mais possível errar.

O Brusque está prestes a cair de onde ninguém imaginava que pudesse chegar tão rápido.  Será necessário encarnar o Brusque que reverteu dois resultados adversos em mata-mata da Série D 2019. Será necessário jogar com a alma do time que não se deixou levar por uma torcida de mais de 44 mil torcedores adversários em Manaus. Será necessário superar todas as limitações, como o time de 2008, que conquistou uma Copa SC na Arena Joinville enquanto a cidade sofria após mais uma enchente.

Será necessário encarnar os melhores Brusques e mais um pouco. É necessária uma ruptura com o momento atual, quebrar todas as tendências negativas. Há oito rodadas para fazer o que não foi feito em 30 e mostrar motivos para acreditar.


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