Depois do jogo pífio contra o Náutico, Brusque precisa parar, refletir e mudar
Situação do quadricolor é preocupante e vitórias sobre Vila Nova e Ituano serão fundamentais para aliviar o clima
Situação do quadricolor é preocupante e vitórias sobre Vila Nova e Ituano serão fundamentais para aliviar o clima
Como posto nesta coluna na semana passada, quanto mais jogos o Brusque perde fora de casa, maiores são a apreensão e o desespero para vencer no Augusto Bauer. Até que a pressão e a atmosfera ficam muito pesados. E uma derrota com atuação pífia como a de sábado chega em cima.
O momento é preocupante, porque há poucos elementos positivos nas atuações do Brusque, que continua ressuscitando adversários diretos em más fases (era o caso do Náutico nesta parte do campeonato). Se antes o quadricolor criava, tinha atuações razoáveis ou boas e perdia caminhões de gols, o jogo contra o Náutico não teve nada muito elogiável.
A diretoria atendeu à pressão de partes da torcida e da imprensa e demitiu um treinador experiente e campeão de forma precoce. Apostou numa revelação promissora, que quer muito provar que pode ter sucesso. Agora, Luan Carlos, com três jogos no comando quadricolor, precisa obter resultados imediatos e de paciência dentro do clube, tendo em mãos um elenco com jogadores que estão longe de seus melhores momentos. Alguns deles não param de decepcionar, e precisam ser recuperados.
É o caso de Alex Sandro e Júnior Todinho, jogadores que desperdiçam gols com enorme facilidade, que já custaram pontos. Diego Jardel, depois das lesões mais recentes, não tem ido nada bem. E são atuações que vão além de como são escalados ou treinados. É fase, momento, cabeça, fundamento. Estes não são os únicos jogadores, mas têm se sobressaído negativamente de forma muito clara.
Continua a ser lamentável a falta de boas opções no ataque. É muito complicado perder os dois maiores artilheiros da história do clube (Edu e Thiago Alagoano) e depositar todas as expectativas de que sejam Alex Sandro ou Crislan (que não jogava desde janeiro) os goleadores decisivos. O ataque quadricolor agoniza, com sete gols marcados em 10 jogos.
Algumas conclusões vão se formando, mas não são definitivas: o Brusque é um clube que precisa se manter na Série B. O elenco formado para a competição pode ter mais jogadores de renome, mas é de nível semelhante ao de 2021. Tem média de idade mais avançada e, ofensivamente, apresenta muito menos.
Cerca de 25% do campeonato acabou para o Brusque. Há 28 rodadas para se reerguer e trabalhar de acordo com as expectativas realistas de uma temporada sem luta árdua contra o rebaixamento. Ainda é possível melhorar. Ainda é possível evitar um caos. Mas é necessário começar logo, de preferência, mudando da água para o vinho entre sábado e terça-feira, para vencer o Vila Nova em Goiânia.
Quando o Brusque vivia aquele momento terrível na reta final da Série C de 2020, começou o ano de 2021 enfrentando Vila Nova e Ituano, nos dias 2 e 11 de janeiro, respectivamente. Em Goiânia, venceu o Vila Nova por 3 a 0, encerrando a sequência de 10 jogos sem vitória. Em casa, contra o Ituano, aplicou 4 a 2 e conquistou o acesso.
Você sabe quais são os dois próximos adversários do Brusque? Vila Nova (fora de casa) e Ituano (no Augusto Bauer). Coincidência inútil, mas vai que…
O Carlos Renaux encerrou um final de semana de decepções no futebol brusquense. Jogando como mandante em Indaial, o Vovô perdeu para o estreante Caravaggio, de Nova Veneza. São três expulsões em dois jogos. No sábado, a parada é dura, contra o Metropolitano, novamente em Indaial, mas como visitante. É importante trabalhar para ficar entre os primeiros lugares e ter a vantagem do empate no placar agregado no mata-mata. Diferentemente do campeonato com 18 rodadas em 2021, não há muita margem para erros agora.
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