É hora de focar na capacidade do Brusque e de sua torcida para buscar o título

Independentemente do gol do Criciúma, o quadricolor tem qualidade o bastante para construir a virada na final; nada está perdido

É hora de focar na capacidade do Brusque e de sua torcida para buscar o título

Independentemente do gol do Criciúma, o quadricolor tem qualidade o bastante para construir a virada na final; nada está perdido

João Vítor Roberge

Parece que muita gente, revoltada e entristecida pelo gol do Criciúma no jogo de ida da final do Catarinense, tem focado demais neste gol e esqueceu-se de que foi o jogo de IDA da final. Existe um jogo de VOLTA, que começa às 16h30 deste sábado, 8.

Houve torcedores de dentro e de fora da cidade, principalmente entre sábado e domingo, que miraram demais o gol do Criciúma e não parecem perceber que o Brusque tem totais condições de reverter esta desvantagem, seja levando a decisão para pênaltis ou não. O Brusque é um time muito qualificado e competente no nível que disputa, com um treinador muito bom e jogadores de qualidade, identificados com as quatro cores.

No primeiro jogo, o Criciúma se lançou ao ataque empurrado por quase 17 mil torcedores para arrancar, com muito suor, uma vitória por 1 a 0. Porque sabia que empatar em casa, no alçapão que é o Heriberto Hülse, complicaria demais sua situação num Augusto Bauer abarrotado de gente.

O Brusque jogou a ida com as armas que tinha. Não dava para se mandar de peito aberto. Com uma defesa muito sólida e um excelente goleiro, segurava o Tigre de todas as formas. No decorrer da partida, ainda teve oportunidades de sair daquele inferno com uma vitória. Por uma infelicidade, normal do jogo, perdeu. Extremamente frustrante. Mas saibamos transformar a revolta da derrota em força para a luta, e não em choro e derrotismo puro e simplista.

Mais do que nunca, o Marreco precisa se lembrar de juntar 1992 às suas forças. Há quase 31 anos, saiu derrotado da Ressacada, mas conquistou o título inédito em casa. Em desvantagem, contra o Avaí, venceu e escreveu uma das páginas mais lindas de sua história. E isto sem falar de outros episódios marcantes, como o 3 a 0 na Chapecoense em 2010, a final de Manaus, o acesso à Série B em 2020, entre tantos.

Em 2023, muito maior do que era em 1992, o Brusque venceu o Hercílio Luz de virada em casa, e aqueles foram os dois únicos gols sofridos pelo Leão do Sul durante algum tempo. Na semifinal, o Brusque virou um jogo fora de casa contra o Barra. Nas quartas, segurou um empate com um jogador a menos ao longo de todo o segundo tempo. Terminou a primeira fase do Catarinense invicto. Ficou 29 jogos sem perder no estadual, marca que nenhum adversário esteve perto de atingir neste século. Não perde em casa pelo Catarinense desde 2021. Está na terceira final em quatro anos. Joga em um estádio que tem um torcedor hostil para pressionar qualquer oponente.

É o Brusque Futebol Clube.

Como não acreditar que é possível ser campeão? Que é possível vencer? Que é possível empatar ou virar um jogo com 90 minutos e acréscimos à disposição?

Que venha a grande decisão. Lotemos o estádio, cantemos sem parar, e lutemos até o fim dentro de campo.


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