O futuro do Brusque e o uso das quatro cores

Perda de patrocinador master no Brusque é assustadora, mas clube deveria ser hábil para repor, pelo menos, boa parte da perda

O futuro do Brusque e o uso das quatro cores

Perda de patrocinador master no Brusque é assustadora, mas clube deveria ser hábil para repor, pelo menos, boa parte da perda

João Vítor Roberge

Talvez seja um dois maiores desafios da história do Brusque sobreviver, no nível em que está hoje, sem sua patrocinadora master. É necessário provar que há vida após a empresa. Salvo raríssimas exceções nestes 35 anos, os momentos mais vitoriosos tinham o patrocínio em destaque.

Há dez anos, o Brusque sofreu muito. Ao fim de 2011, o grupo que integra a diretoria atual optou por deixar o clube, sem tentar reeleição. Em 2012, a então nova diretoria, que era reduzidíssima, viu a Havan e quase todos os patrocinadores saírem. Resultado: rebaixamento no estadual com o pior aproveitamento de sua história na competição, além da desistência na Série D daquele ano.

A situação foi revertida em 2013, com o retorno do grupo que comanda o clube até hoje. A ascensão ainda esbarrou numa nova queda improvável em 2014, mas depois, o crescimento foi contínuo.

Desta forma, a história mostra o peso de perdas como a anunciada no fim de 2022. Contudo, o Brusque tem outro porte hoje, outro tamanho, diferente daqueles outros momentos. Deveria ser hábil para repor a perda, ou pelo menos parte importante dela.

E claro, questões fundamentais incluem o estádio: o contrato de aluguel termina em 2023, e a previsão do Carlos Renaux é de que em 2024 o campo ficará inutilizável por conta das obras da reforma.

Chatice minha

Se eu sugerisse qualquer mudança em relação a como o Brusque trabalha sua identidade, seria pela implementação e manutenção das cores tradicionais do clube em todas as frentes. Desde o final da década de 2000, a cor preta tem sido institucionalizada em uniformes e, nos últimos anos, nas redes sociais do clube.

As cores do Brusque são vermelho, verde, branco e amarelo. As camisas pretas são um xodó do torcedor, mas não precisam ser lançadas junto com os uniformes principais, como foram neste ano. A “quinta” cor do quadricolor descaracteriza a identidade quando usada na frequência atual, dos mais diversos uniformes às redes sociais.

Há bons exemplos por aí: O Sampaio Corrêa faz isso muito bem. Seleções africanas na Copa do Mundo como Senegal e Camarões são ótimas como inspiração para combinar vermelho, verde e amarelo em uniformes, sejam de jogo, viagem ou aquecimento. As cores tradicionais do Brusque precisam prevalecer, e é possível manter a identidade com estética agradável. Uma mera sugestão, aproveitando o vácuo entre temporadas.


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