Dói, é chato, entristece, mas a verdade é que o gol do Criciúma foi legal
Basta olhar a imagem e verificar a regra; Éverton Alemão tenta interceptar a bola e a toca intencionalmente
Basta olhar a imagem e verificar a regra; Éverton Alemão tenta interceptar a bola e a toca intencionalmente
O gol do Criciúma foi legal. É dolorido, é revoltante, o Brusque fazia uma atuação sólida e poderia ter saído com um bom empate e a marca de 30 jogos sem perder no Catarinense, mas o gol foi legal. Independentemente de linha mal ou bem traçada ou de como a arbitragem viu ou justifica o lance, independente do que dizem os árbitros no vídeo do VAR.
Isso não é “torcer contra”, “puxar para trás” ou qualquer outra coisa que se use para tentar invalidar qualquer fala que não agrade. É opinião, que não vai mudar os rumos de nada na final. Opinião baseada na imagem do lance e na regra: a 11ª regra do jogo, sobre impedimento, conforme o atual livro de regras da International Football Association Board (IFAB), o órgão que regulamenta as regras do futebol.
“Não se considerará que um jogador em posição de impedimento obteve vantagem quando receber a bola de um adversário que tocou deliberadamente nela, incluindo com um toque de mão deliberado, a menos de que se trate de uma defesa deliberada do adversário.
Uma ‘defesa deliberada’ ocorre quando um jogador para ou tenta parar uma bola que se dirige para o interior da meta ou para muito próximo dela com qualquer parte do corpo exceto as mãos ou os braços, a não ser que o goleiro esteja dentro da área penal.”
Era um passe em direção a Lohan, não uma finalização ao gol. Éverton Alemão disputa a bola deliberadamente, tentando afastar o perigo, e toca levemente nela, sem interferência de nenhum adversário. A partir daí, já não importa a posição do atacante, que é ajustadíssima, e que me parece que o VAR do Catarinense é incapaz de verificar com a precisão necessária (Aí sim, temos uma outra discussão, sobre o recurso do VAR no campeonato, suas qualidades, defeitos e seu uso).
Lohan recebe, finaliza e marca. Recebendo o passe acidental do adversário, o atacante poderia estar metros à frente. Não há falha grotesca de nenhum jogador, não há vilões no Brusque, não há teorias da conspiração. Gol legal, por mais que me doa dizer.
Mais da coluna: Brusque tem totais condições de reverter placar e sair com o título
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