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Jogadores brusquenses ganham espaço na base do Figueirense

Alessandro de Souza Junior e Bernardo Souza Tarter iniciaram no futsal e agora ganham oportunidade no futebol de campo

Alessandro de Souza Junior, 14 anos, e Bernardo Souza Tarter, 13, tem muito em comum: a paixão pelo futsal. Ambos criados na base do Guarani, hoje vislumbram o sonho de 9 em cada 10 garotos: se tornarem jogador de futebol profissional.

Para isso, são anos dedicados à base do clube brusquense, onde os atletas adquiriram fundamentos e aprimoraram qualidades técnicas próprias para se aproximarem da tão desejada oportunidade profissional.

Atualmente, ambos fazem parte da base do Figueirense. Alessandro já está no clube da capital desde o ano passado. Bernardo foi este ano, em fevereiro, e após um período de três meses de testes, também garantiu sua vaga no cobiçado elenco alvinegro.

Recentemente, ambos passaram a dividir apartamento na capital do estado e relembraram os bons tempos que a dupla fez sucesso no Clube Guarani.
Resultados comemorados pela agremiação brusquense que desde 2010 investe forte no trabalho de rendimento, além de manter a escolinha de base.

Com a chegada do professor José Carlos Torresani, o Zé Carlos, em 2010, o foco da modalidade deixou de ser recreativo e tornou-se competitivo. Em maio do mesmo ano iniciou-se as atividades com o objetivo de impulsionar o futsal de base do clube, com a montagem de equipes de rendimento para a disputa das principais competições no Estado.

O treinador ressalta que, desde então, Alessandro e Bernardo fizeram parte do novo projeto do clube e levaram a sério a proposta da nova Comissão de Futsal que assumia os trabalhos. “São dois meninos que sempre demonstraram dedicação total nos treinamentos e nos jogos; por este motivo, sempre se destacavam e por algumas vezes despertaram o interesse de outras equipes”, diz.

Base do Futsal
O técnico José Carlos Torresani não tem dúvidas em cravar: a base do futsal foi essencial para abrir portas para os dois jovens brusquenses. “Fator primordial para o convite de meninos para integrarem as equipes de futebol de campo é a passagem dos mesmos pelo futsal”, defende, ao destacar que atualmente as equipes têm buscado atletas com essas características.

“Prova disso é que tanto Figueirense como Avaí mantém um trabalho muito forte e sério na modalidade de quadra para meninos até a categoria Sub-13″, observa.” Após esta categoria, são feitas avaliações e o foco principal é o futebol de campo”, completa.

Para os mais novos atletas do Figueira, a premissa é verdadeira. “O futsal nos ensina e ter agilidade e raciocínio rápido e isso foi muito importante na minha adaptação ao campo”, diz Alessandro. “O futsal me deu mais habilidade e velocidade. Sempre participei de campeonatos com adversários fortes, isso ajudou muito também”, comenta Bernardo.

Defensor assíduo da modalidade e de um trabalho apropriado para lançamento de atletas de base, Zé Carlos defende que os garotos saíram no momento oportuno para buscar uma oportunidade no campo.

“Às vezes os pais querem apressar as coisas e ficam colocando o menino em vários locais em busca de uma oportunidade. Mas é algo que não se força, que acontece ao natural”, defende.

O treinador observa que com a ida dos atletas ao clube da capital abre-se portas para que outros talentos também possam ganhar espaço em equipes do mesmo porte.

“Meu objetivo sempre foi o de resgatar o futsal masculino da cidade e, paralelamente, participar ativamente no desenvolvimento dos nossos atletas. É muito emocionante ver dois meninos que iniciaram no futsal com a gente dar um passo tão importante para se tornarem atletas”, diz.

Currículos

Alessandro Souza

 

Alessandro iniciou no Guarani em 2008, quando o foco do clube ainda se resumia a recreação. Na equipe brusquense, sempre desempenhou a função de central e fixo. Depois de se destacar em campeonatos como o estadual e a Copa Santa Catarina, passou a ser observado mais de perto pela comissão técnica do alvinegro durante as competições.

Chegou ao Figueira em junho do ano passado e, em razão de responsabilidades já assumidas anteriormente, permaneceu até o fim do mesmo ano atrelado ao Guarani. A partir deste ano, passou a se dedicar inteiramente à equipe alvinegra. A carga de treinos também aumentou: de três para cinco vezes por semana, o que fez com que o atleta tivesse que se mudar definitivamente para a capital.

No Figueira, Alessandro atua como zagueiro. Segundo Zé Carlos, “é um atleta de boa qualidade técnica, mas que se destaca sobretudo em razão do forte vigor físico”.

 

Alessandro Souza

 

Bernardo Tarter

Um ano mais novo que Alessandro, Bernardo também chegou ao Figueirense após ser observado durante o campeonato estadual atuando nas funções de fixo e ala. O jogador iniciou na base do clube brusquense em 2009 e, assim como Alessandro, logo ganhou evidência, segundo Zé Carlos.

“É um atleta muito habilidoso, realmente diferenciado. Começou com apenas sete anos no futsal, o que tecnicamente o faz ter características técnicas próprias”, diz.

Bernardo chegou ao Figueirense em fevereiro deste ano para uma fase de testes no clube da capital. Em maio, foi convidado para ficar definitivamente na equipe alvinegra, onde atua como volante.

Bernardo Tarter