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Jonas Paegle, Ciro Roza e Bóca Cunha: prefeito e ex-prefeitos traçam estratégia eleitoral em reunião

Encontro aconteceu na semana passada, e reuniu representantes de cinco partidos

Representantes de diversos partidos de Brusque participaram, na semana passada, de uma reunião política realizada na chácara do ex-prefeito José Luiz Cunha, o Bóca, anfitrião do encontro. Lá, foi iniciada uma articulação para lançamento de candidaturas na eleição deste ano.

Conforme fontes ouvidas por O Município, a reunião teve a presença, além do próprio Bóca, que é ex-prefeito, das seguintes pessoas: Jones Bosio, presidente do DEM; Danilo Rezini, presidente do Brusque Futebol Clube; seu filho André Rezini (Cidadania), ex-vereador; Jean Pirola (PP), vereador; Jonas Paegle (PSB), prefeito de Brusque, e Ciro Roza (Podemos), ex-prefeito.

O encontro serviu, de acordo com um participante, para estreitar estratégias para a eleição, de forma que se evite a dissipação de votos, como ocorreu em 2016. Há uma pré-disposição, entre esses partidos, para uma composição para a eleição majoritária. 

A avaliação inicial é de que o ex-prefeito Ciro Roza tem de estar atrelado à candidatura. Nas contas de outro participante, ele possui, de saída, pelo menos 18 mil votos garantidos, caso se candidate a prefeito. Isso eliminaria as chances dos demais partidos presentes à reunião, caso optassem por candidaturas individuais. PP e DEM, por exemplo, chegaram a pouco mais de 10 mil votos cada em 2016, quando concorreram separados. 

Há ainda uma disposição estadual a juntar os dois partidos, capitaneada pelo senador Esperidião Amin, tendo em vista composições que devem ser feitas na corrida às principais prefeituras do estado.

Não há ainda um nome fechado para a cabeça da chapa, nem a garantia de que os partidos presentes participarão da aliança. O encontro, por outro lado, serviu para definir algumas premissas.

A primeira é de o prefeito Jonas Paegle mostra-se interessado em concorrer à reeleição, e sua avaliação e potencial de votos, em pesquisas internas dos partidos, são consideradas boas. Por outro lado, não esteve presente à reunião o vice-prefeito Ari Vequi (MDB), figura central no governo, responsável por tocar diversos projetos na área de infraestrutura e captação de recursos. 

De acordo com fonte presente ao encontro, a candidatura de Vequi como cabeça de chapa não é viável, por não decolar nas pesquisas internas. Esperava-se, segundo o participante, que por estar no governo por quase quatro anos ele tivesse uma capilaridade maior junto ao eleitorado, o que ainda não foi verificado.

O grupo deve continuar as conversas nas próximas semanas, após retorno de viagem do ex-prefeito Ciro Roza. Nessas conversas, as estratégias eleitorais propriamente ditas devem começar a ser desenhadas. 

A aprovação delas, porém, depende da força dos líderes dos partidos junto às suas próprias bases, que precisam referendar a escolha nas convenções partidárias.