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Jornal O Município se manifesta sobre críticas à pesquisa eleitoral e entrevista de Ciro Roza
A publicação da pesquisa de intenção de voto pelo jornal O Município nesta sexta-feira, 16, desencadeou uma série de reações nas redes sociais, notadamente, pelos apoiadores de candidatos cuja popularidade talvez não seja tão grande quanto sua imaginação projetou. A pesquisa – única de Brusque registrada oficialmente até o momento – gerou uma série de […]
A publicação da pesquisa de intenção de voto pelo jornal O Município nesta sexta-feira, 16, desencadeou uma série de reações nas redes sociais, notadamente, pelos apoiadores de candidatos cuja popularidade talvez não seja tão grande quanto sua imaginação projetou. A pesquisa – única de Brusque registrada oficialmente até o momento – gerou uma série de ataques e questionamentos infundados e rasteiros, que devem ser combatidos.
Primeiro, cabe ressaltar que a pesquisa, contratada junto ao Instituto Mapa, empresa de reconhecida credibilidade, cumpriu todos os requisitos legais. Foi registrada junto à Justiça Eleitoral, como manda a lei, onde está disponível toda a metodologia e o questionário, sendo possível sua aferição por qualquer interessado em entender sua aplicação.
Ressalta-se, contudo, que poucos parecem estar interessados em entender o método científico, mas tão somente em criticar e rosnar contra os resultados porventura desagradáveis ao seu candidato.
Houve, também, quem questionasse o fato da entrevista do candidato Ari Vequi (MDB), o qual estava levemente à frente na pesquisa, ter sido divulgada no mesmo dia do levantamento de intenção de voto.
Ora, os próprios membros dos partidos envolvidos na disputa têm a resposta: a ordem de publicação da entrevista foi definida em sorteio, de forma transparente, com a presença de representantes de todos os candidatos, realizado em 4 de outubro.
O fato de Vequi estar pouco à frente no levantamento nada tem a ver com a divulgação de sua entrevista, previamente agendada semanas atrás.
Um anúncio publicitário publicado no mesmo dia também suscitou críticas. Mais uma bobagem: a maioria dos candidatos a prefeito está anunciando no jornal, como permite a legislação eleitoral, do primeiro ao último colocado na pesquisa.
Nesta toada, cabe questionar por que os candidatos a prefeito não registram e divulgam as pesquisas que contrataram? Pois pesquisas foram feitas a pedido dos candidatos e, se estas estão corretas e a do jornal O Município está errada, por que não têm a coragem de registrá-las na Justiça Eleitoral e tornar público métodos e resultados?
Agem, certos candidatos e apoiadores, como cães covardes, que ladram para todos e mostram os dentes enquanto o portão está fechado, mas recolhem-se ao colo dos donos quando a porta se abre, fugindo covardemente do debate público sério.
O jornal tem CNPJ, está sujeito a sanções da Justiça e à sua credibilidade se divulgasse uma pesquisa eleitoral que não tenha sido feita dentro do mais rigoroso método científico. Mas há os que preferem acreditar em vídeos e textos sem assinatura ou na palavra de candidatos que buscam desesperadamente o poder. Gente que tem, por trás, seus próprios objetivos.
Páginas que têm entre seus administradores pessoas ligadas a partidos políticos. Nenhum mostra a cara, vivem às sombras. Para alguns, não há outro atributo: são escórias da sociedade. O jornal, orgulhosamente, não tem o que temer e por isso faz seu trabalho às claras.
Não bastassem aqueles que enviesadamente tentam por em dúvida a credibilidade da pesquisa e do jornal O Município, há aqueles que, de uma hora para outra, tornaram-se especialistas em metodologia de pesquisa eleitoral.
Que questionam o fato do levantamento ser feito por telefone em tempos de pandemia – método usado neste ano pelos principais institutos de pesquisa do país, como Ibope e Datafolha.
Que, em sua ignorância, em pleno 2020, questionam o fato de que ninguém que conhece respondeu a pesquisa – em um universo de 130 mil habitantes. Outros questionam o número de entrevistados – 406 -, sendo que a amostra está no mesmo patamar de pesquisas publicadas em São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, Florianópolis, Joinville, por grandes institutos.
Parafraseando o ex-presidente Barack Obama, é preciso ressaltar, a essas pessoas, que a ignorância não é, e jamais será, uma virtude. O negacionismo não prospera fora dos círculos restritos da fé cega na palavra de um candidato.
Aliás, um exemplo claro desse negacionismo cego é do candidato Ciro Roza (Podemos), o qual negou em entrevista ao vivo ao jornal, na sexta-feira, que tem 32 ações na Justiça, algumas por improbidade administrativa e danos ao erário.
É negar o inegável, menosprezar a inteligência das pessoas. Qualquer cidadão, gratuitamente, pode entrar nos sistemas na Justiça estadual e Justiça federal e verificar com os próprios olhos. Jogando para a torcida, o candidato faz a alegria dos seus seguidores que, por seus próprios motivos, negam o óbvio e alegam qualquer teoria de conspiração.
Digno de repúdio, inclusive, o candidato afirmar, ao vivo, que o jornalista “inventou” tais informações e sequer o deixar terminar a formulação da pergunta fazendo interrupções nada cordiais.