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Jovem artista de Brusque cria desenhos com a máquina de escrever

Jô Leoni é estudante de Artes Visuais e descobriu a técnica por acaso

O artista brusquense Jô Leoni, 19 anos, vem chamando a atenção nas redes sociais com retratos de artistas como Frida Kahlo e Salvador Dalí feitos na máquina de escrever. 

O jovem, que é acadêmico do quinto período de Artes Visuais da Furb, conta que descobriu a técnica por acaso, enquanto se preparava para participar da exposição “Onde estávamos nós em 2020?”, sob curadoria de Márcia Cardeal, com trabalhos também de Douglas Leoni e Tarcísio Ullrich.

“Eu recebi o convite para fazer parte da exposição, que é um projeto da Lei Aldir Blanc aqui de Brusque e surgiu a proposta de fazer o trabalho com a máquina de escrever”.

Retrato de Frida Kahlo por Jô Leoni | Arquivo pessoal

Jô também escreve poemas e, para a exposição, produziu um livro de artista, que é uma obra de arte em forma de livro com seus poemas escritos na máquina de escrever. Foi aí que surgiu a técnica que vem chamando a atenção.

“No meio desse processo, eu resolvi escrever esses textos em cima de rascunhos de desenhos que eu fiz durante a quarentena e percebi que as letras por cima dos desenhos davam formas legais. Comecei a investigar a máquina e aperfeiçoar até chegar nos desenhos mais complexos”.

Retrato de Salvador Dalí feito na máquina de escrever | Foto: Arquivo pessoal

O jovem artista destaca que ficou muito surpreso com o potencial da máquina de escrever, por isso, decidiu se aprofundar na técnica. “Foi totalmente por acaso. Fui pesquisar e vi que poderia fazer desenhos mais difíceis, como os retratos da Frida e do Dalí”.

Jô destaca que a técnica não é nada fácil. Primeiro, ele faz o desenho no papel a lápis e depois vai para a máquina de escrever fazer o preenchimento. As letras juntinhas dão formato aos rostos, tornando o trabalho único. Os retratos de Frida e Dalí, por exemplo, levaram 10 horas para ficarem prontos. 

Técnica tem chamado a atenção | Foto: Arquivo pessoal

“Não conheço ninguém que desenvolve essa técnica. Como estudante de Artes Visuais, estou à procura da minha linguagem. Talvez esse processo da máquina de escrever seja o meio e não o final do caminho. Está sendo uma experiência legal, desafiadora”, diz.

“Já passei por várias linguagens como desenho, pintura e esse é mais um processo na minha vida como artista, que tem chamado bastante atenção”, completa.