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Jovem de Brusque denuncia estupro coletivo ocorrido em abril

Segundo relato à Polícia Civil, ela foi violentada por oito homens em casa abandonada, em abril

A Delegacia de Proteção à Criança, Adolescente, Mulher e Idoso (Dpcami) de Brusque investigará um estupro coletivo contra uma jovem. Na manhã desta segunda-feira, 25, ela relatou para a Polícia Civil que foi violentada por oito homens, em abril, após marcar um encontro com um colega de trabalho.

Segundo relato da jovem, ela estava conhecendo o rapaz, que trabalha com ela em um órgão público da cidade. Ao chegar no local combinado, ela encontrou outros sete homens, que trabalham no mesmo lugar que ela. Quando ela tentou desistir do encontro, os acusados a pegaram pelo braço, taparam sua boca e a levaram para dentro de uma casa inacabada e abandonada.

Ela afirma que após cometerem o crime, os acusados a ameaçaram para que ela não contasse o caso para ninguém, pois a conheciam e sabiam que ela tem filhos e vive em uma união estável. Ela ressalta que quando os homens saíram do local, começaram a debochar dela e até hoje recebe ameaças.

Com medo do que poderiam fazer com sua vida e família, a jovem acabou deixando de fazer o registro para a polícia assim que o crime ocorreu. Porém, agora, como as ameaças estão mais frequentes, decidiu procurar ajuda.

A jovem contou também para a polícia que os homens que a estupraram ainda a acusam de ter esfaqueado um homem, porém, ela não sabe quem é ou do que estão falando.

Demora da denúncia pode complicar investigação

O delegado Alex Bonfim Reis, que está respondendo pela Dpcami durante o período de férias do delegado titular Ricardo Marcelo Casarolli, diz que a primeira atitude da polícia será intimá-la para que possa contar com mais detalhes o caso.
Porém, ele afirma que a demora da jovem em denunciar o crime, pode complicar as investigações, pela redução de provas.

“Três meses depois do crime será difícil pedir um exame de conjunção carnal, pois se passou muito tempo, e pode não aparecer mais nada, até porque ela pode ter tido outras relações depois disso. Terá que analisar outras provas, como imagens e mensagens. Mas tudo depende do depoimento dela também”, explica.

O delegado orienta que as pessoas que sofrerem um crime de abuso sexual devem procurar a polícia o mais rápido possível, antes mesmo de tomar um banho. “Assim terá mais provas. Sei que quem é a vítima, a primeira coisa que quer fazer é se lavar, mas acaba destruindo uma prova tão importante”, diz.

Além disso, Reis comenta que em muitos casos, a vítima sente-se intimidada por conta de ameaças, como ocorreu com a jovem do estupro coletivo. Porém, ele diz que ao procurar a polícia, a vítima estará protegida, por isso, é importante a denúncia imediata.