Jovens brusquenses são admitidos em universidades nos Estados Unidos
Para conseguirem a aprovação, eles precisaram fazer provas de aptidão
Diversos alunos compartilham do sonho de estudar no exterior, mas torná-lo realidade não é fácil. Além de lidar com a pressão do último ano na escola, eles precisam realizar provas para conseguirem uma lugar em uma universidade de outro país. Devido a essa dificuldade, conquistas recentes de vagas para estudar em universidades dos Estados Unidos têm sido motivo de orgulho para estudantes brusquenses.
Um exemplo é João Victor Lira, de 18 anos, cujo interesse em estudar fora surgiu depois que participou de um intercâmbio na Inglaterra. Ele confessa que desde criança sempre teve interesse em estudar fora, vontade que cresceu após conhecer o país europeu.
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O jovem foi aprovado em cinco universidades nos Estados Unidos: Iowa State University, University of West Florida, University of North Florida, Hofstra University e Hult International Business School. Ele também foi aceito no programa American Academy PUC-PR, em parceria com a Kent State University.
Para ele, ter conquistado todas essas admissões internacionais é motivo de gratidão tanto ao Colégio São Luiz e professores, quanto à professora de inglês, Thaise Ferraz. Lira revela que durante todo processo contou com o apoio e incentivo da família. “Desde sempre eles me motivaram a seguir em frente, deram dicas. Eles sempre acharam que estudar fora é uma boa opção”
Segundo ele, os processos de seleção não foram fáceis. Ele descobriu os resultados em dezembro e a escolhida foi a de Iowa, localizada no estado com mesmo nome, onde Lira estudará Ciências da Computação. Segundo ele, a decisão levou em consideração o fato do primeiro computador ter sido criado na universidade.
“Eu acho que eles têm a maior qualidade de curso, principalmente na área da computação. Sem falar que a cidade é mais do interior e menor, o que eu acho melhor”, revela.
Caminhos para o exterior
Uma das provas necessárias para ter a aprovação na universidade no exterior é a TOETL (Test of English as a Foreign Language), que em português significa Teste de Inglês como Língua Estrangeira. O intuito é descobrir o nível de inglês do candidato. Além dela, os candidatos também devem fazer o SAT (Scholastic Aptitude Test ou Scholastic Assessment Test), na tradução significa Teste de Aptidão Escolar. A prova é semelhante ao Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).
Esses testes foram vencidos por Bernando de Nardi, 19, que se formou no ensino médio em 2017 e durante o ano passado aproveitou para se dedicar integralmente aos estudos para ser aprovado em uma universidade nos Estados Unidos. Ele contou com o apoio dos pais, que o motivaram durante todas as etapas.
A ideia de estudar fora é um sonho antigo do jovem, o qual confessa que desde criança ouvia relatos de brasileiros que ingressaram em faculdades no exterior. “Eu sinto que teve um ‘boom’ quando a Tabata, uma estudante de São Paulo que veio da periferia, conseguiu uma bolsa em uma escola do estado e acabou indo para Harvard”, explica.
De Nardi ficou maravilhado com a história e com a possibilidade e por isso decidiu traçar essa meta para ele mesmo. A escolhida do jovem foi a Dartmouth College, localizada em Hanover, no estado de New Hampshire, nos EUA, uma das oito universidades que compõem a conferência Ivy League (Liga da Hera, em português).
Segundo ele, um dos motivos da decisão foi a identificação com a instituição, que tem foco nos alunos da graduação, além de ser uma universidade renomada, por ter uma ótima localização e ter um clima mais frio.
No entanto, ele ainda não escolheu o curso que fará. Como os primeiros dois anos são dedicados aos estudos das formações gerais para ter um currículo mais flexível, Bernardo decidiu postergar a decisão da graduação.
Paulo Hugo Debrassi Benvenutti, 18, foi aprovado na Purdue University, localizada na cidade de West Lafayette, em Indiana, nos Estados Unidos. Ele confessa que a princípio tinha em mente fazer intercâmbio durante o Ensino Médio, mas acabou perdendo os prazos e deixou a ideia de lado.
No entanto, o incentivo do irmão, Pedro Henrique Debrassi Benvenutti, que já estuda nos Estados Unidos há dois anos e meio, foi o que levou Benvenutti a tentar uma vaga em uma universidade no país. Em fevereiro de 2018, no início do ano letivo, o jovem começou a correr atrás do sonho e teve seis meses para estudar para as provas.
Benvenutti estudará Engenharia Mecatrônica, mas até chegar a este curso, ficou indeciso entre Engenharia Mecânica ou Elétrica. “No fim acabei escolhendo a mecatrônica porque junta esses dois e será mais amplo para mim”, explica.
Ele revela que os pais sempre incentivaram ele e os irmãos a estudarem no exterior. Além disso, Benvenutti nunca teve intenção de continuar em Brusque. “Como ir para fora era mais vantajoso, eu acabei tendo essa oportunidade.”
Expectativas
No hemisfério norte, as aulas iniciam no segundo semestre do ano, entre agosto e setembro. Até lá, os três jovens estão aproveitando os últimos meses no Brasil.
Bernardo de Nardi viajará no início de setembro, mas ainda não sabe a data, pois as aulas começam no dia 16 daquele mês. “No país onde eu vou estudar a gente cria muito essa expectativa por causa dos filmes e tudo mais”, diz. “A expectativa está extremamente alta e estou muito feliz com tudo isso que vem acontecendo”, confessa.
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Lira está ansioso para o início das aulas, marcadas para o dia 18 de agosto. Ele nunca foi para os Estados Unidos e está contando os dias para o dia 14 de agosto quando embarca para o país.
Já Benvenutti viaja no dia 7 de agosto pois terá duas semanas de integração na universidade antes do início do ano letivo, marcado para 21 do mesmo mês. As expectativas dele são altas pois o jovem deixará tudo aqui no Brasil. “Quando recebi a admissão estava fazendo as coisas do passaporte e ainda assim estou com um nervosismo gigante”, confessa.