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Com lateral improvisado, Brusque vai à Bahia para dar penúltimo passo rumo à Série C

Zé Mateus substitui Edílson, suspenso; equipe enfrentará dificuldades típicas de longas viagens

O Brusque pretende estragar parte das festividades do aniversário de 141 anos de Juazeiro (BA) nesta segunda-feira, 15, quando enfrenta a Juazeirense às 15h no estádio Adauto Moraes, o Adautão, no jogo de ida das quartas de final da Série D do Campeonato Brasileiro. O quadricolor terá os desfalques do lateral direito Edílson, suspenso pelo terceiro cartão amarelo, e do zagueiro Magrão, que se recupera de uma entorse no tornozelo. A partida de volta será disputada no Augusto Bauer às 16h de 21 de julho, domingo.

A equipe viaja neste sábado, 13, saindo de Navegantes rumo a Salvador com conexão em São Paulo. A chegada está prevista para 14h35. Após pernoite na capital baiana, o quadricolor vai a Petrolina (PE) em viagem de 8h de ônibus, e chega no domingo. O rio São Francisco separa Juazeiro da cidade pernambucana.

“Como o jogo contra o Boavista foi na segunda-feira à noite e a CBF divulgou as datas das quartas de final na terça-feira, o clube só pode correr atrás da logística entre terça e quarta. Não conseguimos hospedagem em Juazeiro nem viagem ao aeroporto de Petrolina. Isto é muito mais questão da CBF do que do Brusque, que tentou a melhor forma possível”, comenta Waguinho Dias em coletiva de imprensa realizada na manhã desta sexta-feira, 12, no restaurante Italianinha.

O técnico reconhece que haverá um desgaste considerável com a viagem. O último treinamento antes da partida foi realizado nesta sexta-feira, 12. A equipe também receberá instruções completas sobre a Juazeirense, como campanha na Série D, principais jogadas do adversário, elenco, pontos fortes e pontos fracos.

“Precisamos estar motivados, não empolgados. Pés no chão sempre, fizemos um grande jogo nas oitavas e para manter este desempenho é necessário um esforço maior. A visibilidade aumenta, os adversários vêm com mais gana para nos enfrentar.”

Equipe viaja neste sábado, 13, e fica hospedada em Petrolina (PE) | Foto: João Vítor Roberge

Desfalques
O Brusque deve ir a campo com Zé Carlos; Zé Mateus, Ianson, Cleyton, Aírton; Ruan, Thiago Alagoano, Romarinho; Jefferson Renan, Fio; Júnior Pirambu. Edílson está suspenso com o terceiro cartão amarelo, e por isso o volante Zé Mateus, que tem três gols nesta Série D, joga improvisado na lateral direita. O zagueiro Magrão se recupera de entorse em um dos tornozelos e deve ceder a vaga a Cleyton, que atuou contra o Boavista no Augusto Bauer na segunda-feira, 8.

O meia Romarinho espera estar disponível para jogo. Ele havia sofrido uma luxação no ombro esquerdo e fez trabalhos físicos nesta quinta-feira, 11, buscando a recuperação e utilizando bandagens para se proteger. Jefferson Renan sentiu a coluna na reapresentação após o jogo contra o Boavista (RJ), mas Waguinho espera que o atleta esteja disponível. Ruan voltou a sentir sua lesão no músculo adutor de uma das coxas e ainda é dúvida.

Relação com o torcedor
Ao longo da Série D, Waguinho cobrou a presença do torcedor no Augusto Bauer. Após a grande festa no Gigantinho na vitória por 3 a 0 sobre o Boavista, o técnico percebeu que houve mudança positiva.

“O jogo da Recopa Catarinense contra o Figueirense é o que está fazendo o torcedor acreditar mais ainda. Alguns torcedores chegaram a me falar que não tinham tido a oportunidade de ir ao Augusto Bauer e assistiram à Recopa pela TV. E gostaram muito do que viram na equipe, com raça, jogando para frente. Deu confiança para vir ao estádio, e deu confiança para nós.”

Romarinho se recupera de luxação no ombro esquerdo | Foto: João Vítor Roberge

Força caseira
As duas equipes possuem retrospecto positivo em seus domínios. O Brusque venceu todas suas partidas disputadas no Augusto Bauer e não sofre gols ali há três partidas. A Juazeirense tem quatro vitórias e um empate no Adautão.

A ideia de obter um bom resultado em Juazeiro anima o quadricolor, porque se a Juazeirense é uma ótima mandante, tem sido uma má visitante. A equipe não venceu nenhuma de suas partidas fora de casa. Foram três empates e duas derrotas.

A Juazeirense anunciou em suas redes sociais que os primeiros 2,5 mil torcedores terão entrada gratuita no Adautão. No entanto, o público registrado tem sido muito baixo: a média até aqui, de acordo com os boletins financeiros registrados no site da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) é de 300 torcedores por jogo.

Na partida de ida das quartas de final em 2017, contra o Fluminense (BA), quando o Cancão conquistou o acesso, 1.958 ingressos foram vendidos. A última partida pela Série D, contra o Iporá, na ida das oitavas, teve 553 torcedores de acordo com o relatório.

Na opinião de Waguinho Dias, que já visitou o Adautão treinando equipes como o Galícia, de Salvador, o estádio não oferece grande pressão. “A arquibancada é distante do gramado, o público tem sido baixo, no feriado de aniversário do município talvez haja outras escolhas em vez do jogo, talvez o time não esteja agradando tanto… Precisamos jogar com o calor, ter a alimentação apropriada e lidar com o desfalque da viagem. A preocupação é mais conosco.”

Adversário avaliado
Waguinho Dias vê como principais forças da Juazeirense a sua marcação, as jogadas de bola aérea e o atacante veterano Nino Guerreiro, artilheiro da equipe. O meia Clébson, o Clebinho, ex-Brusque, é um dos principais nomes do Cancão, mas está suspenso pelo terceiro cartão amarelo.

Levando em consideração que a Juazeirense se classificou nos pênaltis nas duas fases de mata-mata pelas quais passou, Waguinho reconhece que seu adversário está com mais experiência neste quesito. “Acho que talvez eles teriam um equilíbrio melhor estão acostumados. Mas por outro lado, se até aqui eles só passaram nos pênaltis, talvez nós não precisemos dos pênaltis, conquistando os resultados necessários.”

Técnico novo
Maurílio Silva tem apenas uma partida à frente da Juazeirense na Série D: o empate contra o Iporá (GO) por 0 a 0 fora de casa, na partida vencida nos pênaltis por 4 a 3 que levou a equipe às quartas de final. Ele assumiu o cargo em 2 de julho, dois dias após o empate fora de casa na ida das oitavas de final contra o Iporá em 1 a 1.

Carlos Rabello, o antigo técnico, foi demitido em reunião no dia seguinte ao 1 a 1 com o Iporá. De acordo com o presidente do clube, o deputado estadual Roberto Carlos, o motivo foi a falta de vitórias fora de casa. Apesar da demissão, elogiou Rabello e diz que o técnico tem as portas abertas no clube.

“Queríamos dar uma motivada no elenco, Rabello já extraiu o máximo que podia dos jogadores. Conversamos com ele, que aceitou a saída numa boa”, relata ao site oficial da Juazeirense. Rabello treinava o Cancão desde fevereiro e em 2017 havia subido com o clube à Série C do Brasileiro.

Maurílio Silva, ex-jogador de Paraná, Palmeiras, entre outros clubes, começou 2019 no Treze (PB), clube que havia assumido em 25 de setembro de 2018. Foi demitido em 14 de fevereiro de 2019, após apenas quatro jogos na temporada. Ainda em fevereiro, treinou por três partidas o Nacional, de Patos (PB), e aceitou proposta do Altos (PI). Lá, fez uma campanha de recuperação da equipe no estadual, mas perdeu a final para o River e foi demitido em 14 de abril. A Juazeirense é seu quarto clube em sete meses.

Tempo real
Acompanhe o minuto a minuto da partida entre Juazeirense e Brusque em omunicipio.com.br, com os lances e informações completas no pré-jogo a partir das 14h30 desta segunda-feira, 15.