Juiz nega liberdade a acusados de matar morador de Guabiruba
De acordo com o magistrado, Manoel Francisco dos Santos Filho e Jucélia Rodrigues da Costa devem permanecer presos
De acordo com o magistrado, Manoel Francisco dos Santos Filho e Jucélia Rodrigues da Costa devem permanecer presos
O juiz da Vara Criminal de Brusque, Edemar Leopoldo Schlösser, negou o pedido de revogação das prisões preventivas de Manoel Francisco dos Santos Filho e Jucelia Rodrigues da Costa. Os dois estão presos desde o ano passado, acusados de matar João Batista Gonçalves com golpes de facão, no Centro de Brusque. O crime ocorreu no dia 29 de julho do ano passado.
Em sua decisão, publicada no dia 2 de março, o juiz afirma que a prisão preventiva dos acusados deve se manter “diante da gravidade concreta do ilícito que lhes é imputado”.
O juiz também diz que a prisão preventiva é uma forma de garantir a ordem pública, já que eles são apontados como “suspeitos de terem ceifado a vida de uma vítima de forma covarde e cruel, que sofreu inúmeros golpes de facão na cabeça, inclusive enquanto já estava caído na via pública, a fim de garantir a posse de um aparelho celular supostamente subtraído, o que denota as suas altas periculosidades e a desproporcionalidade dos seus atos em detrimento da vida humana”.
O magistrado destaca ainda que os acusados podem “facilmente se evadir, frustrando a aplicação de eventual sanção condenatória”.
Segundo relatório policial na época do crime, a vítima João Batista Gonçalves era morador de Guabiruba e encontrou o casal Manoel e Jucélia no começo da tarde do dia 28 de julho de 2019.
Os três ficaram bebendo em um posto de gasolina, saíram de lá, foram para um bar, onde permaneceram até a meia noite. De acordo com o processo, eles eram colegas.
No retorno deles para Guabiruba, por volta da 1h, houve um desentendimento entre eles, motivado pelo sumiço do celular de Gonçalves.
Conforme apurado nas investigações, João percebeu que seu aparelho celular havia sido furtado, possivelmente por Jucélia, e iniciou uma discussão com os acusados. Foi aí que ele começou a ser agredido na cabeça com golpes de facão.
Após deixar o homem caído na rua, o casal fugiu do local levando o carro da vítima, abandonando-o posteriormente, já em Guabiruba.
A vítima foi encontrada pela Polícia Militar caída na rua, na avenida Martin Luther, no Centro de Brusque. Ele tinha diversas marcas de cortes em todas as partes da cabeça. O homem foi socorrido e levado ao Hospital Azambuja, mas não resistiu aos ferimentos e morreu uma semana depois.
A polícia concluiu a investigação com o indiciamento de ambos por latrocínio consumado, devido ao homicídio e ao roubo do celular, concretizado mediante violência.