Justiça decreta falência da têxtil, mas Buettner continua operando e deve recorrer

Falência foi decretada em primeira instância, mas centenária continua operando e busca recurso da decisão

Justiça decreta falência da têxtil, mas Buettner continua operando e deve recorrer

Falência foi decretada em primeira instância, mas centenária continua operando e busca recurso da decisão

Trabalhadores ouviram as explicações da diretoria da empresa – Crédito: Sarita Gianesini

Às 6h30 da manhã de quinta-feira, os funcionários do primeiro turno da Buettner SA. Indústria e Comércio foram até o restaurante da empresa. Mas ainda não era o horário do intervalo para o lanche. Mais de trezentas cabeças baixas, cenhos franzidos, alguns olhos arregalados, outros rasos de lágrimas. 

Os operários do primeiro turno, foram os últimos a saber, de fonte oficial que segundo os autos n°011.11003971-9, a empresa agora estava em falência. Já tinham uma suspeita, vinda do comentário dos colegas na troca de funcionários, às 5 da madrugada. Em silêncio, aguardavam agora era ouvir para entender o que estava acontecendo. 

Quinze minutos depois, o advogado Gilson Amilton Sgrott, que de administrador judicial da recuperação passou a administrador judicial da falência da Buettner, explicou os motivos da reunião. No final da terça-feira, 28, a juíza Ana Vera Sganzerla Truccolo decretou a falência da centenária, fundada por Edgard von Buettner em 1898. 

> Veja a galeria de fotos da reunião

De acordo com os esclarecimentos feitos por Sgrott, a juíza ponderou o fato de a empresa contar com mais 600 funcionários e com a situação da indústria têxtil local e, mesmo com a falência, permitiu que empresa continuasse operando. 

– É uma situação atípica para Brusque, que pela primeira vez, teve decretada a falência e mesmo assim vai continuar com as atividades.

 
O advogado explica que este é um caso em que a falência foi decretada com base em uma análise jurídica e não tanto em função da realidade, uma vez que os números da empresa demonstram que é possível prosseguir com as atividades. Decretada a falência, a Buettner vai continuar trabalhando sob a  supervisão do administrador judicial. Sgrott ainda informa que a empresa está promovendo um recurso junto ao Tribunal de Justiça de Santa Catarina, em Florianópolis, buscando a suspensão desta decisão. 

**Confira a reportagem completa na edição desta sexta-feira, 2 de março. 


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