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Justiça determina prisão de Sandra Maria Bernardes, condenada pela morte de Chico Wehmuth

Ordem deve ser cumprida na tarde desta sexta-feira, 15, em Balneário Camboriú

O juiz Edemar Leopoldo Schlösser, da Vara Criminal de Brusque, determinou a prisão de Sandra Maria Bernardes, condenada pela morte do empresário Chico Wehmuth, ocorrida em 2014, por envenenamento.

O mandado foi assinado no começo da tarde desta sexta-feira, 15, e deve ser cumprido em Balneário Camboriú, onde mora a acusada. No entanto, até o fechamento desta reportagem, não foi confirmado se a prisão foi de fato efetuada. Sandra foi condenada pelo tribunal do júri a cumprir 21 anos de prisão, em regime inicial fechado, em setembro do ano passado.

Logo após o julgamento, foi determinado o imediato cumprimento da pena por Sandra, que foi encaminhada ao presídio. Mas lá permaneceu poucos dias, pois o Superior Tribunal de Justiça (STJ) concedeu-lhe uma liminar para que pudesse recorrer em liberdade.

E assim foi feito. Sandra apelou da condenação, e teve seu recurso negado pelo Tribunal de Justiça. Posteriormente, a defesa apresentou, por duas vezes, embargos contra a decisão do órgão. Por duas vezes os embargos foram negados no TJ-SC.

Depois da última negativa, o tribunal determinou que fosse iniciado o cumprimento da pena de prisão, o que culminou na expedição do mandado de prisão pelo juiz Schlösser.

O crime
Chico Wehmuth faleceu em 29 de junho de 2014, aos 70 anos. Ele estava no apartamento no bairro São Luiz quando foi hospitalizado. Posteriormente, peritos apontaram a causa da morte como envenenamento por chumbinho.

Sandra era a pessoa que estava com ele na noite da morte, e as investigações da Polícia Civil a apontaram como a responsável pelo homicídio.

A acusação apontou interesses econômicos como a motivação para o assassinato, já que, conforme as investigações, acreditava que seria beneficiária de previdência privada, aposentadoria, seguro de vida e inventário da vítima

Em todas as fases do processo, Sandra sempre se declarou inocente, e sua defesa rechaça a investigação que a identifica como autora do crime. Os argumentos, no entanto, foram rejeitado em todas as instâncias.

Ainda na tarde desta sexta-feira, o STJ rejeitou pedido de reconsideração feito pela defesa, contra a decisão do próprio tribunal em que havia sido negado um habeas corpus.