Justiça mantém prisão preventiva de caminhoneiro que atropelou casal de motociclistas na BR-101, em SC
Crime repercutiu nacionalmente após motorista arrastar moto por mais de 30 quilômetros
Crime repercutiu nacionalmente após motorista arrastar moto por mais de 30 quilômetros
O Tribunal de Justiça (TJ-SC) negou a soltura do caminhoneiro que atropelou casal de motociclistas e arrastou uma das vítimas por 32 quilômetros na BR-101, em Penha, em março deste ano. Caso é considerado como tentativa de homicídio e homicídio, já que uma mulher faleceu no hospital.
Este é o terceiro pedido de soltura feito pela defesa do acusado, que também solicitou um exame de sanidade, autorizado pela Justiça.
O Ministério Público (MP-SC) chegou a se manifestar contrário à revogação da prisão preventiva do caminhoneiro. A 8ª Promotoria se Justiça de Itajaí, responsável pelo caso, demonstrou que não houve fatos novos que justificassem que o réu fosse solto.
Além disso, a promotoria argumentou que as condições que embasaram a prisão preventiva do réu e as circunstâncias que envolveram os crimes pelos quais ele foi denunciado justificam a prisão.
“A repercussão negativa do crime perante o meio social e o clamor público que sua prática ocasionou também reafirmam a necessidade da prisão como meio de garantir a ordem pública (…) e vêm assistidas por razões concretas, que foram exaustivamente expostas e tornam imperiosa a manutenção da prisão cautelar do acusado”, reforça a Promotora de Justiça Cristina Balceiro da Motta.
O caso repercutiu nacionalmente após serem divulgadas filmagens que mostravam o caminhão arrastando a moto com o piloto pendurado na porta do motorista.
No sábado, 6 de março, motoristas que passavam pela BR-101, em Penha, flagraram o momento que um caminhão transitava arrastando uma motocicleta e um homem pendurado na lateral.
O caminhoneiro havia atingido a parte de trás da moto e fugido do local. Com a batida, a motocicleta ficou presa na parte da frente do caminhão. O motociclista conseguiu subir na cabine e ficou pendurado até o homem parar o veículo.
Segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF), o caminhoneiro fugiu logo após atingir a moto. Ele seguiu por cerca de 32 quilômetros da rodovia, na região de Itajaí, sem parar para socorrer as vítimas do acidente.
Um caminhoneiro precisou auxiliar os policiais, fazendo com que o homem reduzisse a velocidade, momento que o caminhão teve a mangueira de ar dos freios puxada e o motorista foi obrigado a parar o veículo.
Além de seguir por quilômetros com o motociclista pendurado na cabine, ao atingir a moto, uma mulher, que estava na garupa, caiu sobre a rodovia e ficou gravemente ferida. Ela foi socorrida, mas não resistiu aos ferimentos e morreu após um dia de internação.
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