Justiça permite venda antecipada de tecidos e fios da Buettner
Presença oposicionista
Fato raro na política brusquense: um vereador oposicionista presente em atos do governo. Aconteceu ontem, durante a entrevista coletiva convocada pelo governo para explicar a situação da ponte do terminal urbano, interditada há algumas semanas. O vereador Sebastião Lima (PSDB), líder da oposição ao governo Jonas Paegle, presenciou o evento e inclusive fez indagações aos representantes do governo. Bom exemplo.
Alteração de projetos
A Prefeitura de Brusque firmou contrato e pagará R$ 14,9 mil à empresa Habitark Engenharia, para que esta faça alterações e adequações no projeto de macrodrenagem da bacia Sete de Setembro. A obra em questão envolve o entorno das ruas Santos Dumont e João Heil, e da rodovia Antônio Heil. A intenção do governo, já informada anteriormente, é substituir parte do projeto porque as galerias previstas não estão em tamanho condizente com as condições das vias.
Venda de tecidos
Chegaram à Vara Comercial de Brusque propostas de aquisição dos estoques de tecidos e fios da Buettner, falida desde o ano passado. As propostas foram formuladas pelas empresas Prisma Trading Eireli e pela Bouton Indústria e Comércio de Artigos de Cama e Banho Ltda. Não houve manifestação contrária dos interessados. Segundo a juíza Clarice Ana Lanzarini, tratam-se de bens que poderão perder valor monetário acaso aguardem o leilão dos demais bens da falida, e são materiais que poderão ser afetados com a umidade natural do armazenamento.
Antecipação
Por essas razões, a magistrada autorizou que seja feita a venda antecipada desses produtos, porque estão sujeitos à “considerável desvalorização”. Para ela, entretanto, o mais adequado para os credores neste momento é que sejam remetidos à leilão, e não por venda direta. Com isso, foi expedida autorização para que o leiloeiro assim o faça imediatamente, oportunidade em que as empresas interessadas poderão apresentar formalmente suas propostas.
Café gourmet
O Tribunal de Justiça de Santa Catarina suspendeu ontem a licitação pela qual iria adquirir 43 toneladas de café do tipo gourmet a mais de R$ 1,3 milhão, para ser utilizado pelos servidores de todas as comarcas do estado. Isso veio após reportagem da RBS TV mostrar que o TJ-SC pretendia adquirir o tipo de café que é três vezes mais caro que o tradicional, com a esfarrapada justificativa de que o café comum tem adição de outros cereais. Trata-se de uma ofensa à dignidade da população, em tempos de crise econômica, em que todos apertam os cintos.
EDITORIAL
Abrindo trilhas
A 24ª Fenajeep encerrou no último fim de semana com números superlativos. Cerca de 50 mil pessoas visitaram o evento off-road, que é o maior da América Latina.
Na programação houve espaço para todos os gostos e pilotos que puderam participar das provas de Gaiola Cross, Desafio Fenajeep, Jeep Indoor, Rally de Regularidade. Também não podemos esquecer dos passeios Expedition e Radical que colocaram os pilotos em contato com a natureza exuberante de nossa região.
Muito além da adrenalina e emoções que a Fenajeep proporciona, ela é uma embaixadora de Brusque, no Brasil e no exterior. Leva o nome da cidade aos mais variados rincões com o apelo passional do off-road, fortalecendo a marca “Brusque” e todas as estratégias que possam ser desenvolvidas ao seu entorno.
Além deste patrimônio incalculável, o evento traz a Brusque milhares de pessoas, que movimentam diretamente nosso comércio, lotando restaurantes, hotéis, supermercados, postos de combustíveis, etc.
Pavimentar o caminho que já existe onde hoje é realizada é muito melhor que abrir uma trilha nova
Dentro da própria Fenajeep há o Salão off-road, que é uma referência no setor, trazendo novidades e servido como plataforma para expositores lançarem novos produtos.
Este trabalho que começou pequeno sempre teve uma pretensão grande, de ser desde o início, a Festa Nacional do Jeep. Seu crescimento foi o resultado de grande dedicação de sua diretoria para vencer os desafios e realizar um evento de qualidade a cada ano. Mas existe um desafio ainda maior pela frente: para onde vai a Fenajeep? Como já foi noticiado por aqui, parte do complexo da Fenarreco não é mais público desde dezembro de 2015 quando foi homologado pela Câmara o acordo da prefeitura com a família Hoffmann.
Assim, toda a área que engloba o Kartódromo, o Bicicross e o Rodeio, e que também são utilizadas nos dias de Fenajeep são, agora, particulares e tem um futuro incerto. No caso específico da Fenajeep, há um bom relacionamento entre as partes, proporcionando um acordo de utilização do espaço e com boas perspectivas de continuidade no curto prazo, mas isso ainda é frágil, dada a robustez do evento.
Ano que vem serão comemorados os 25 anos de Fenajeep e o maior presente que ela poderia receber da cidade seria uma discussão maior de seu futuro com melhores garantias e maior participação das entidades organizadas e poder público para a perpetuação de sua realização.
Nestes 24 anos foram abertas muitas trilhas para a Fenajeep passar. Umas mais estreitas, outras mais inclinadas, outras com travessias quase impossíveis, mas nenhuma ameaçou tanto a sua continuidade como esta mudança de propriedade de sua sede, que pode deixá-la sem chão. Por isso o assunto merece reflexão mesmo não tendo ainda uma ameaça iminente.
Pavimentar o caminho que já existe, onde hoje é realizada, é muito melhor que abrir uma trilha nova. A mudança sempre gera um risco imensurável nestes casos e é preciso ter um caminho aberto e limpo para que a Fenajeep passe sem dificuldades, afinal sob todas as perspectivas é um sucesso e já passou por muito terreno difícil. Ela merece nosso aplauso e apoio, para continuar a trazer alegria e emoções para todos os brusquenses e turistas por muitos e muitos anos.