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Justiça suspende leilão de dois terrenos da Buettner, em Canelinha

Imóveis estão em fase de desapropriação por parte da prefeitura

A Vara Comercial da Comarca de Brusque suspendeu o leilão de dois terrenos pertencentes à massa falida da Buettner. O motivo para a decisão da juíza Clarice Ana Lanzarini é que a Prefeitura de Canelinha, onde ficam os imóveis, decretou a utilidade pública deles para a desapropriação.

A Vara Comercial havia marcado o leilão dos bens imóveis da massa falida para 26 de novembro. O certame envolveria 67 imóveis em Brusque, Botuverá, Guabiruba e Canelinha, avaliados em R$ 141,6 milhões.

Entretanto, depois que o leilão foi definido, um novo despacho, no dia 10, informou a suspensão do leilão dos dois terrenos em Canelinha. Conforme o documento, a prefeitura notificou o representante da massa falida sobre a decretação de utilidade pública dos imóveis e buscou diálogo.

Segundo o edital do leilão, os imóveis são avaliados em R$ 209.778,24 e R$ 320.877,90. Contudo, a Prefeitura de Canelinha fez a proposta de R$ 80.745 pelos dois.

Como o administrador da massa falida recusou a oferta, a prefeitura solicitou que a proposta fosse levada para deliberação dos credores e do Ministério Público de Santa Catarina (MP-SC). 

Contudo, a juíza da Vara Comercial considerou que a negativa do administrador judicial é plausível, portanto, não é necessário levar a proposta para deliberação.

Diante disso, a magistrada determinou a suspensão do leilão dos dois imóveis. Ela também definiu que o preço dos terrenos vai ser avaliado mediante avaliação judicial, no âmbito de um processo de desapropriação.

O administrador da massa falida ficou incumbido de notificar a Prefeitura de Canelinha sobre a decisão da juíza. O leilão dos demais 65 imóveis está mantido para o dia 26 de novembro.

A segunda praça está marcada para 10 de dezembro. Mais informações sobre os imóveis podem ser obtidas pelos telefones (48) 99168-2023, (48) 99188-5405 ou pelo site www.ubiallileiloes.com.br.

Relembre

A Buettner entrou em recuperação judicial em maio de 2011 e teve a falência decretada em abril de 2016. Na época, a dívida da empresa era avaliada em R$ 104 milhões. 

O processo tramita na Justiça desde então. O valor arrecadado com os leilões dos imóveis será depositado em uma conta judicial.

O Sindicato dos Trabalhadores Têxteis de Brusque (Sintrafite) representa os ex-funcionários, que receberão após ordem da juíza para que o valor na conta judicial possa ser transferido aos credores.