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Laudo de bens móveis e imóveis da Buettner está em avaliação

Sintrafite não fez impugnações ao documento; leilão ainda não tem data definida

O leilão dos bens da massa falida da Buettner S/A Indústria e Comércio ainda não tem data para ser realizado porque a fase de avaliação continua, com valores e quantidade de itens passíveis de alteração. Foram nomeados avaliadores para os bens imóveis e para os bens móveis, como veículos, maquinário, mobília e materiais de escritório. A marca Buettner não foi inclusa no leilão.

O laudo de avaliação foi apresentado à Justiça. “Alguns pontos estão sendo contestados, bens com valores entendidos como mais baixos, bens que foram esquecidos na avaliação, por exemplo. Ou imóveis que não deveriam estar na relação, mas estavam”, explica o administrador judicial da empresa, Gilson Sgrott, que estima a dívida em mais de R$ 200 milhões. Em março, a expectativa era de que o leilão seria suficiente para quitar os débitos.

Ocorre atualmente a fase de análise da avaliação. Depois, os avaliadores vão rever essas impugnações para então apresentarem uma avaliação final. Só a partir daí o leilão será marcado. Não há agendamento. Ou seja, a lista dos bens a serem leiloados ainda pode mudar.

De acordo com a Lei de Falências, o primeiro momento é de leilão total, ou seja, serão leiloados um lote com todos os bens móveis e o outro com imóveis. Caso não sejam bem sucedidos, os leilões passam a ser individuais.

O presidente do Sindicato dos Trabalhadores na Indústria de Fiação e Tecelagem (Sintrafite) de Brusque, Aníbal Boettger, afirma que a entidade não chegou a fazer nenhuma impugnação sobre o laudo de avaliação. “Recebemos as avaliações e não houve manifestação, tanto dos bens móveis e imóveis. Não coube nenhuma impugnação da nossa parte.”

A Buettner entrou em recuperação judicial em 2011, por enfrentar dificuldades financeiras. Houve esperança de retorno às atividades, mas a falência foi decretada em 28 de abril de 2016. Na ocasião, Aníbal Boettger explicou que a falência levou em conta diversos fatores, como os constantes atrasos nos pagamentos dos empregados, a falta de quitação com o FGTS e os problemas com fornecedores. A partir de então, o advogado Gilson Sgrott tornou-se o administrador da massa falida da Buettner.

Em julho de 2018, a juíza Clarice Ana Lanzarini, da Vara Comercial de Brusque, nomeou o engenheiro Airton Diegoli como perito para avaliar os imóveis da massa falida. O engenheiro mecânico Udo Serpa, por sua vez, havia sido escolhido para avaliar o valor dos 390 equipamentos em posse da fábrica, serviço pelo qual será remunerado em R$ 29,2 mil.