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Lei determina restrições para uso de máquinas de cartão em táxis, em Brusque

Prefeitura diz que comprovante de pagamento da máquina deve ser emitida no CPF do permissionário

Dois taxistas de Brusque adotaram o cartão de crédito e débito como opção de pagamento aos passageiros. No entanto, eles são exceção. Afinal, hoje são 70 veículos circulando pelo município. Para utilizar o equipamento é necessário se adequar às normas da Secretaria de Trânsito e Mobilidade.

O secretário Bruno Knihs explica que o uso da máquina de cartão é permitido pelo taxista desde que o equipamento que emite o comprovante esteja em nome do permissionário, ou seja, aquele que tem a permissão mediante a lei.

Ele diz que de acordo com a lei municipal 57/1997 – que fixa normas para execução de serviço de transporte individual em veículos de aluguel a taxímetro, para fazer a exploração do serviço de táxi, a máquina do cartão deve ser emitida no CPF do permissionário.

Knihs afirma que se o permissionário trabalhar durante o dia, e à noite contratar um motorista auxiliar, por exemplo, o auxiliar poderá usar a máquina do permissionário. Ele ainda diz que os valores cobrados devem estar dentro dos valores do decreto municipal que regulamenta os valores da tarifa. “Não pode cobrar a mais por que tem o cartão. A cobrança é do valor do taxímetro”.

Fiscalização

O secretário diz que a equipe do Transporte da pasta é responsável pela fiscalização do transporte de passageiros no município. Ele explica que é verificado as condições do veículo e do taxímetro, além da cobrança dos valores da tarifa. A fiscalização é esporádica e mediante denúncias da ouvidoria da Polícia Militar ou na Secretaria de Trânsito e Mobilidade. “O próprio cliente também pode monitorar. Se o condutor cobrar mais por oferecer o serviço do cartão, ele pode reclamar”.
Para Knihs, os taxistas que oferecem a máquina de cartão apresentam um serviço diferenciado. Ele considera que aumenta a segurança e diminuiu a incidência de assaltos. “É uma ferramenta mais avançada, tecnológica e prática, que evita que o motorista ande com dinheiro. Toda e qualquer inovação no serviço de prestação pública é válido”, avalia.


Procura por máquina de cartão é baixa

O presidente do Sindicato dos Taxistas Autônomos de Brusque, Modesto Bertoldi, diz que hoje a procura por táxis que tenham máquina de cartão é baixa – cerca de 5%. Ele explica que isso se deve, em grande parte, pelos clientes não estarem acostumados com o serviço na cidade.

O presidente conta que geralmente os visitantes de outros estados são os que mais utilizam a ferramenta. “As pessoas que chegam na rodoviária, que vem de viagem de outros locais, querem a máquina. Para resolvermos tentamos chamar os táxis que tem cartão, ou passar o cartão num posto”.

Bertoldi afirma ainda que o custo com o aluguel da máquina e encargos – média de R$ 100 a R$ 150 -, é um dos motivos que dificulta a adesão do serviço em Brusque. “Também sabemos que é um facilitador e aos poucos iremos implementando, pois tudo o que vem para melhor no atendimento ao nosso passageiro é visto com bons olhos por nós”.

Glauco Paganini é taxista há nove anos e trabalha há um com cartão de débito e crédito. Ele conta que conquistou muitos clientes por oferecer este diferencial. A maioria dos passageiros que usam o serviço são representantes comerciais de São Paulo, Rio de Janeiro e também do Sul, que vêm para o município a trabalho.

“Buscamos alternativas para agradar o cliente e um destes mecanismos foi a máquina. Pra mim hoje é um diferencial e me ajuda muito”.

Paganini afirma que os custos são poucos. A despesa é com o aluguel da máquina – R$ 12 por mês, descontado na conta corrente, e as taxas com o uso do cartão – média de 4,05% no débito, 5% à vista e 7% parcelado.