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Leilão de imóveis da Fábrica de Tecidos Carlos Renaux ainda não tem data definida

Caso não hajam interessados em adquirir todo o patrimônio, os imóveis serão leiloados separadamente

Ainda não há uma data para que o leilão dos imóveis da Fábrica de Tecidos Carlos Renaux ocorra. O administrador judicial da massa falida, Gilson Sgrott, afirma que, a previsão era que o leilão ocorresse em janeiro, no entanto, com o recesso judiciário e todos os trâmites, a ação acabou se arrastando mais do que o esperado e ainda não há previsão para que aconteça.

Sgrott explica que, inicialmente, será feito o leilão de todos os imóveis em um bloco só, seguindo o que diz a nova lei de falências. “A nova lei de falências estabelece que o primeiro leilão tem que ser a totalidade dos bens porque a ideia é que as atividades da empresa prossigam de onde parou”.

Se não houver interessados em comprar todo o patrimônio, aí um novo leilão será lançado, mas desta vez, com a venda parcelada dos imóveis. “No segundo leilão, o interessado pode adquirir apenas um imóvel que faz parte do patrimônio. Todos os itens poderão ser vendidos separadamente”, diz.

A tendência, segundo Sgrott, é que os imóveis sejam vendidos separadamente. “Por enquanto, não teve nenhum interessado em todo o patrimônio, são coisas muito distintas uma das outras, tem imóveis fora que não interessam a quem queira tocar a atividade. E não houve interessados em prosseguir com a atividade também, então eu acredito que nós vamos ter que fazer da primeira forma completa, em bloco único, mas eu acredito que não vai ser vendido”.

A avaliação de todo o patrimônio da empresa foi concluída no fim do ano passado. Segundo Sgrott, ele está avaliado em R$ 72,3 milhões. Fazem parte do patrimônio da empresa a unidade onde funcionava a tecelagem e mais um terreno localizado atrás, toda a unidade da sede – incluindo a Villa Ida -, um imóvel em Balneário Camboriú, um em Blumenau e outro na região da localidade do Brilhante, em Itajaí.

“Foi feita a publicação de todo o patrimônio para que os credores tomassem conhecimento dessa avaliação e, como não houve nenhuma impugnação, estamos aguardando a determinação para fazer o leilão”.

O único imóvel que ficou de fora da avaliação é a Villa Renaux – casarão onde mora Maria Luíza Renaux, bisneta de Carlos Renaux – que está em disputa judicial. “Foi pedido uso capião do imóvel, então como ele está em litígio, não vai para leilão neste momento. Se for negado o pedido, o imóvel ficará no patrimônio da empresa e também vai a leilão”.

O advogado destaca que o lance inicial do leilão será R$ 72 milhões, que segundo ele, não será suficiente para quitar toda a dívida da empresa. “Hoje a dívida total chega a R$ 300 milhões. Com o leilão, poderemos pagar apenas os credores trabalhistas e alguns fiscais”.