Leilão dos bens da Somelos arrecada R$ 3,4 milhões
Valor será depositado em uma conta judicial até que todos os ativos sejam vendidos
Realizado nesta segunda-feira, 15, o leilão dos bens Somelos Tecidos arrecadou cerca de R$ 3,4 milhões. A informação é do advogado Guilherme Caprara, administrador judicial da massa falida.
Parte do valor é referente a uma venda parcelada, por isso nem tudo entrará na conta da massa falida imediatamente. O dinheiro ficará depositado até que todos os trâmites processuais sejam terminados.
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Caprara explica que o dinheiro ficará parado e parte dele será gasto na manutenção da massa falida. No caso, são custos com jardinagem, conserto do telhado da fábrica e segurança privada – este último corresponde à maior parte do montante.
Próximos passos
“Estamos na fase de verificação dos créditos”, esclarece o administrador judicial. Nesta fase, todos as pessoas e empresas que têm algum dinheiro para receber da Somelos se habilitam na Justiça.
Essa etapa do processo de falência se encerra com a consolidação da lista de credores. Ainda existem alguns para se habilitar.
Caprara explica que os pagamentos dos credores, sejam fornecedores ou trabalhadores, começará quando todos os bens forem leiloados.
O site da Norton Leilões, responsável pela venda dos bens da massa falida, informa que o valor total dos bens era de cerca de R$ 22 milhões antes da venda parcial efetuada nesta semana.
Com base nessa informação é possível estimar que há, ainda, aproximadamente R$ 18 milhões em bens a serem arrematados.
Caprara explica que a Vara Comercial da Comarca de Brusque determinou que, neste leilão, os lances fossem de, pelo menos, 70% do valor de avaliação. Os R$ 22 milhões viram R$ 15,2 milhões se for considerada a porcentagem.
Os bens restantes serão colocados à venda novamente, em um novo certame, com data a ser definida. A expectativa é que a Justiça permita lances menores, para facilitar a negociação.
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Falência
A Somelos teve a sua falência decretada em julho de 2018. O Sindicato dos Trabalhadores Têxteis de Brusque (Sintrafite) solicitou a decretação porque a recuperação judicial se arrastava sem solução.
De acordo com o Sintrafite, cerca de 40 funcionários aguardavam a retomada do trabalho quando a falência foi decretada. Eles estavam sem receber desde dezembro de 2017.
Além disso, diversos ex-funcionários ajuizaram ações trabalhistas e firmaram acordos que não estão sendo honrados.