Liberação ambiental da barragem de Botuverá pode sair até o fim de novembro
Secretário de Estado da Defesa Civil deve colher assinaturas de termo de compromisso dia 29
Secretário de Estado da Defesa Civil deve colher assinaturas de termo de compromisso dia 29
O secretário de Estado da Defesa Civil, Rodrigo Moratelli, esteve, nesta quinta-feira, 24, em Brusque para comentar as ações da pasta neste ano. Ele informou, em entrevista coletiva, o aval do Ministério do Meio Ambiente para o licenciamento ambiental da barragem de Botuverá poderá sair no próximo dia 29.
Acompanhado do secretário executivo da Agência de Desenvolvimento Regional (ADR) de Brusque, Ewaldo Ristow Filho, o secretário estadual atualizou como está o andamento burocrático do licenciamento para a barragem de Botuverá. Ele também falou sobre as ações preventivas da Defesa Civil de Santa Catarina e a estruturação das Defesa Civis municipais.
A vinda de Moratelli a Brusque faz parte do Dia de Ação do Governo, evento no qual o secretário ou presidente de uma autarquia visita a região para prestar contas e conhecer melhor as demandas.
Barragem de Botuverá
A Secretaria de Estado da Defesa Civil prevê lançar as três licitações que compõem a barragem até o fim do ano. Tudo continua a depender do licenciamento ambiental, que espera aval do governo federal.
Segundo Moratelli, o termo de compromisso para que o Instituto Chico Mendes (ICMBio) concorde com a construção da barragem está em Brasília. “Está no gabinete do ministro do Meio Ambiente, Sarney Filho”, disse. No dia 29, ele deve colher as assinaturas.
Uma vez que o Ministério do Meio Ambiente dê o aval, a documentação irá para o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama). O Ibama delegará as funções de licenciamento para a Fundação do Meio Ambiente (Fatma).
Após isso, a parte ambiental será vencida e a obra em si poderá ter início depois de as obras serem licitadas. A barragem precisa de três processo licitatórios: construção, fiscalização e plano básico ambiental da obra. O prazo de execução é de 24 a 30 meses, dependendo das condições de clima.
Temporal em Brusque
O secretário estadual foi questionado porque os radares climáticos não previram com antecedência o temporal que atingiu Brusque no último dia 16. De acordo com informações de bastidores, o alerta só chegou à Defesa Civil municipal 20 minutos depois de já ter começado a chover.
Moratelli respondeu que isso é normal, porque esse tipo de chuva se forma rapidamente já se precipita num ponto específico. Emitir um alerta, nesses casos, não é possível, segundo ele.
Defesas nos municípios
Moratelli também apresentou todo o planejamento do estado para a prevenção de eventos climáticos no ano que vem. A principal novidade é a utilização da tecnologia para avisar a população.
De acordo com o secretário, até maio deve entrar em funcionamento um sistema que emitirá alertas às pessoas por meio de SMS, tornando o processo mais ativo.
Ele também comentou sobre o fato de alguns município ainda não contarem com Defesa Civil. “É uma meta nossa ter, até o fim do ano que vem, 100% dos municípios com Defesa Civil”, afirmou. Além disso, as prefeituras também terão de elaborar planos de contingência para situações extremas. Para Moratelli, isso irá profissionalizar e potencializar a prevenção de desastres em Santa Catarina.
O secretário disse que o cargo de coordenador de Defesa Civil é visto como de confiança em muitas cidades. Com isso, nem sempre um técnico é indicado. No entanto, com um sistema de alertas efetivo e os planos de contingência, Moratelli considera que a realidade já irá mudar.
O secretário disse que o estado trabalhará também para melhorar a resposta depois que os eventos já aconteceram.