Hoje, no post literário semanal aqui no nosso blog, a roda gira e temos, de novo, o Vitor Hochsprung, que estreou o espaço umas semanas atrás. Uma palavra para ele: prolífico!

 

Ele era como o dia. Amanhecia ensolarado, era céu azul. Ela era como a noite. Misteriosa, quieta, mas divertia-se de vez em quando. Ninguém acreditava que aqueles dois ficariam juntos. Ele era avoado, vivia nas nuvens brancas e às vezes chovia lágrimas. Ela tinha o brilho diferente e cada estrela dentro dela queria aparecer para o mundo. Ninguém acreditava que aqueles dois ficariam juntos. Ele trabalhava, estudava e pensava no futuro. Ela vivia no mundo, sem perder tempo pra pensar no que ainda não aconteceu. Ele voava com os pássaros. Ela lidava com os sonhos. Ninguém acreditava que aqueles dois ficariam juntos. Ele tinha medo do escuro, mas não contava pra ninguém. Ela não gostava de ficar no sol, pois tinha a pele sensível. Ele era solzinho. Ela era de lua. Ninguém acreditava que aqueles dois ficariam juntos. Ele era rodeado de sorrisos. Ela rodeada de incertezas. Ele tinha tudo. Ela queria ter. Ninguém acreditava que aqueles dois ficariam juntos. Ele planejava a vida. Ela bebia para esquecer como vivia. Ele era café da manhã. Ela era jantar. Ninguém acreditava que aqueles dois ficariam juntos. Porém, eles conseguiram acreditar. E às 18:00, no entardecer de uma sexta-feira, o dia e a noite se encontraram e aprenderam a amar.

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Vitor Hochsprung – 17 anos – Letras – FURB