Limite entre Guabiruba e Botuverá está sem definição
Prefeito Nene esteve em Florianópolis para tratar do processo de anexação da localidade Pedras Grandes
Prefeito Nene esteve em Florianópolis para tratar do processo de anexação da localidade Pedras Grandes
O prefeito de Botuverá, José Luiz Colombi, o Nene, esteve na Secretaria de Estado de Planejamento – responsável por limites entre municípios – para tratar da correção do limite entre Guabiruba e Botuverá. No entanto, o procedimento de retificação continua à espera de aprovação na Assembleia Legislativa do Estado de Santa Catarina (Alesc) e sem data para definição.
Nene diz que o “processo está andando” na Alesc. No entanto, um problema burocrático pode atrapalhar a regularização da situação: a falta de regulamentação federal. Há pouco tempo, a presidente Dilma Rousseff vetou uma proposta de emenda à constituição que tratava justamente de anexação, criação e fusão de municípios. O diretor de estatística e cartografia da secretaria de planejamento, Carlos Mestre Crespo Luz, diz que todos os processos deste tipo estão suspensos.
No caso de Botuverá e Guabiruba, não se trata de anexação, mas sim de uma retificação do mapa. Mesmo assim, o processo é prejudicado. De acordo com o prefeito, há uma parte do processo de que depende lei estadual e outra de legislação federal.
Na prática, isto significa que a passagem de comando da localidade de cerca de seis quilômetros quadrados no bairro Pedras Grandes – que hoje pertence a Guabiruba – para Botuverá, poderá durar por mais alguns meses, talvez anos. O prefeito de Guabiruba, Matias Kohler, diz que não há qualquer divergência sobre este processo, pois a região a ser transferida é totalmente isolada e historicamente sempre foi atendida por Botuverá.
Entenda
A área de cerca de seis quilômetros quadrados que fica em Pedras Grandes, em Botuverá, e faz limite com os bairros Lageado Baixo e Lageado Alto. Do lado guabirubense, sequer tem ligação territorial com Guabiruba, destaca Kohler. A região sempre foi atendida em todos os sentidos pelo outro município.
Moram ali, aproximadamente, 300 pessoas, que pagam IPTU, estudam e utilizam todos os outros serviços de Botuverá. Por este motivo, em 2013, os prefeitos das duas cidades se reuniram para acertar esta diferença. Nene destaca que não é uma anexação, mas a correção de um erro no mapa. Tanto é que não foi necessário realizar plebiscito ou audiência pública com a população local.