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Livro lançado em Brusque relata história da imigração polonesa no Brasil

E-book está disponível no site da biblioteca da Unifebe

A professora e reitora do Centro Universitário de Brusque (Unifebe), Rosemari Glatz, lançou um livro sobre a imigração polonesa, em formato e-book. O exemplar, intitulado “O voo da águia: 150 anos de imigração polonesa no Brasil” tem 320 páginas e está disponível no site da biblioteca da Unifebe. A publicação foi viabilizada pela Lei de Emergência Cultural Aldir Blanc.

A ideia para escrever o livro surgiu em fevereiro de 2018, durante uma reunião na Casa de Brusque. Ela aceitou o desafio e no mês seguinte viajou até a Polônia. Rosemari esteve no país uma segunda vez e nas duas oportunidades visitou diferentes locais para conhecer a história. A pesquisadora também visitou cidades de Santa Catarina. Em todos estes momentos pode fotografar para enriquecer o livro com imagens.

A intenção era lançar o exemplar em 2019, durante as comemorações dos 150 anos da imigração polonesa no Brasil. Como não foi possível, o evento está registrado nas páginas do livro.

A construção do livro envolveu muita pesquisa, tanto do que já havia sido publicado sobre o assunto quanto em viagens e participações em eventos.

“Eu fiz com muita dedicação, muito carinho, é um livro muito verdadeiro. Um livro que tem muita pesquisa fundamentada em outros autores mas tem muito das minhas percepções. Tem muito de mim nesse livro num momento que eu trago minhas experiências, as visitas que eu fiz, os olhares que eu tive”.

O livro

Rosemari inicia o livro contando sobre a história da Polônia. “Eu procurei dar uma linha cronológica. Começa com a história da própria Polônia para entender o momento que o país vivia e saber por que vieram para cá”.

A partir disso a escritora conecta a história com Brusque, por meio da primeira vinda dos poloneses até a cidade em 1869. Conta onde eles se instalaram e por que eles não ficaram muitos anos no município.

Em outro momento relata a segunda vinda dos poloneses para a região, que é quando chegam os tecelões. Como eles não sabiam trabalhar na área agrícola, propõem a abertura de uma indústria. Carlos Renaux aposta na ideia e Brusque tem uma reviravolta na história.

Rosemari também escreveu sobre Arte Cemiterial. Neste capítulo, busca contar a história da imigração através de cemitérios poloneses, brusquenses e de outros municípios de Santa Catarina.

Os eventos que marcaram os 150 anos da imigração polonesa no Brasil também estão registrados no livro.

A partir dali, Rosemari apresenta as experiências que viveu na Polônia, dá dicas de cidades turísticas e aborda costumes e tradições.

Um dos capítulos também conta sobre Auschwitz e a visita de Rosemari ao Museu e o
Memorial Auschwitz durante suas viagens à Polônia.

Exposição

Uma exposição na Unifebe introduz o livro para o público. Os banners com fragmentos da obra estão expostos no Átrio do Bloco A.

A escritora selecionou a síntese histórica da Polônia, os movimentos migratórios, os cemitérios, as cidades catarinenses que tiveram mais influência e um dos banners trata sobre Auschwitz.

Como surgiu o nome 

A águia é uma ave símbolo da Polônia e representa a renovação. Uma lenda diz que a ave, quando atinge uma certa idade, se recolhe em uma montanha, onde fica por cerca de 150 dias para se renovar. Neste período ela troca de bico, de unhas e de penas, para depois poder voltar a voar. Como não pode sair, ela é alimentada por outras águias.

Por isso, o nome “Voo da águia”. A escritora relaciona a lenda com a história dos poloneses.

“Pra mim a Polônia é o exemplo mais concreto que tem de resiliência, de superação, de renovação, de nascer outra vez”, diz Rosemari.