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Livro que detalha os homicídios em Brusque em 2017 é lançado

Delegado Fernando de Faveri e advogado Rafael Maia são os autores da obra

O delegado regional Fernando de Faveri e o advogado e professor universitário Rafael Maia lançaram o livro “Análise criminal dos homicídios em Brusque no ano de 2017”.  

Com 59 páginas, a obra faz uma leitura dos crimes ocorridos em Brusque naquele ano, trazendo dados sobre os autores, vítimas e circunstâncias – como hora, local e causas das mortes.

O delegado explica que logo que assumiu o comando da Polícia Civil na região, sentiu a necessidade de elaboração de um planejamento estratégico e, para isso, compreender estatisticamente a taxa de eficiência da instituição nos crimes violentos era fundamental. “Daí a ideia do estudo, que posteriormente se fez possível a publicação”.

Faveri destaca que a obra não traz identificação de nomes, apenas dados objetivos das investigações criminais. De acordo com ele, a Secretaria de Segurança tem estudo semelhante publicado em seu site, mas a obra em questão é restrita a Brusque, por isso, é mais detalhada.

A obra levou em torno de três meses para ficar pronta, e, de acordo com o delegado regional, ter estudos deste tipo podem ajudar no planejamento da segurança pública na cidade.

“Ajuda por duas razões. Uma porque mostra onde estão nossas eventuais falhas e êxitos, auxiliando no planejamento da instituição. A segunda, porque todos os órgãos públicos, a meu ver, devem prestar contas à sociedade, motivo pelo qual dados de interesse público devem ser acessíveis a toda população, para sua apreciação”.

O delegado destaca que em 2017 a taxa de eficiência da polícia de Brusque em crimes contra vida foi de 83% no ano do estudo. Já em 2018 foi de 100%. “Essa comparação se faz possível por conta das pesquisas contínuas na área”, afirma.

Co-autor da obra, o advogado Rafael Maia destaca que além dos números e estatísticas, a obra também traz informações sobre os processos judiciais de cada crime e qual a situação deles.

“Coube a mim fazer a parte da pesquisa dos processos judiciais, o que acontecia com a investigação quando chegava no Ministério Público ou no poder judiciário, o que aconteceu com os processos, absolvições ou não, se os defensores eram advogados públicos ou privados”, exemplifica.

A edição de 2018 do estudo está em fase de finalização. Maia afirma que a mesma técnica foi utilizada e a intenção é manter uma padronização, para dar mais cientificidade para os dados e, assim, dar uma resposta científica mais assertiva para a população.

“Dados de um ano só podem ter muitas variáveis, mas queremos ter uma base de vários anos, para que daqui um tempo a gente tenha disponível uma espécie de raio-x mais assertivo da criminalidade em Brusque”, diz o advogado.

O livro “Análise criminal dos homicídios em Brusque no ano de 2017” está disponível na biblioteca da Unifebe e na Livraria Saber, no Shopping Gracher.