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VÍDEO – Luan Carlos, após Brusque x Ponte Preta: ” Brusque é emoção, é entrega”

Técnico exalta elenco após vitória, pede apoio a Jordan e comenta expulsão e presença na arquibancada

O técnico Luan Carlos respondeu às perguntas dos jornalistas após a vitória do Brusque sobre Ponte Preta na noite desta sexta-feira, 12, pela 24ª rodada da Série B do Campeonato Brasileiro.

Luan Carlos comentou sobre a pressão sobre si no comando do Brusque e explicou suas reações após o gol de Rodolfo Potiguar. Também fez elogios pontuais a Jordan e Alex Sandro, entre outros jogadores. O treinador reforçou os parabéns ao elenco, explicou aspectos táticos da partida e dedicou a vitória à sua mãe e à sua família.

Assista à coletiva de Luan Carlos e leia destaques do treinador:

Nervosismo

“Estou muito feliz pela vitória. Nosso time entrou um pouco nervoso no jogo, devido ao contexto, a sequência de resultados ruins. (…) Porque a equipe vinha jogando, mas infelizmente o resultado não vinha sendo confirmado. Então acho que esse nervosismo atrapalhou um pouco. Normal, natural, eu já esperava isso, até conversei com os jogadores na preleção sobre essa situação, mas a gente conseguiu superar.”

“Parabéns demais a todos os jogadores, individualmente falando. Coletivamente, fizeram de novo um bom jogo, competiram muito e acho que essa identidade tem que ser mantida o tempo todo.

Comemoração com expulsão

“Em relação a comemoração: quando eu vi, eu já tava no meio-campo. Ali na emoção. Claro que os avaliadores de plantão vão dizer… ‘Falta de experiência’,  ‘ah, é fanfarrão’… É que nunca viveram aquilo ali, não sabem o que é uma emoção. De estar ali, podendo encerrar um sonho, e aos 40 do segundo tempo, tu vê o gol saindo. E a alegria do time todo… O peso que foi o dia de ontem, o peso que foi o dia de hoje pra todos nós. Os jogadores me chamando pra conversar, dando força. E ali vem uma carga de emoção indescritível.

Foi para dar um abraço num jogador muito especial nosso, que é o Jordan. Um cara que tem um potencial gigantesco, um jovem que tem um futuro brilhante pela frente, pelo potencial que tem. E tem nos ajudado demais, com defesas importantíssimas e com intervenções muito positivas.”

Então foi um misto de sentimento, de agradecimento e, principalmente, aquilo ali eu acho que representa muito o que é o Brusque. Brusque é isso, Brusque é emoção, é entrega, é humildade, é pé no chão. É claro que as cobranças em relação ao meu nome vão continuar, são grandes.”

“Mas entenda bem que o Brusque nunca foi de trazer pessoas aqui que já estão prontas. O Brusque sempre oportunizou. E pode ter certeza que o torcedor do Brusque e o clube para o qual ele torce está oportunizando a um cara que vive isso aqui 24h por dia. Está dando a vida e o melhor pra fazer o bem pro clube, o bem pros jogadores. E continuo com essa convicção, de que a gente pode fazer um grande campeonato, manter o Brusque na divisão, pra concretizar o nosso clube dentro do cenário nacional.”

Na arquibancada

“Era o lugar que eu tinha pra ir. Eu precisava continuar falando com a equipe, e foi ali, a arquibancada que me fez sonhar em um dia ser treinador de futebol. Foi a paixão pelo jogo, a paixão pelo futebol a a emoção de ver treinadores, jogadores nesse meio. Pode ter certeza, para um cara que não tem o pedigree da bola, estar onde está é muito difícil. E se manter, ainda mais complicado. Só que, cara, eu sou isso aí.”

“Não tenho máscara, não não vou me fazer de personagem. Esse sou eu. De coração aberto. Vivendo um sonho, e muito feliz por estar vivendo esse sonho.”

Jordan

Eu primeiro vou pedir pro torcedor dar apoio pro Jordan. Porque se a gente resgatar a memória recente, destravar um pouco a memória recente, a gente vai perceber as defesas importantes do Jordan, né? As intervenções positivas do Jordan. É um grande goleiro, é jovem, é jovem, tem um potencial fantástico, é um ativo do clube.”

“A insegurança não foi só dele, né? Foi da equipe toda, a gente percebeu alguns passes não tão bons, algumas alguns domínios ruins. Natural, o time estava nervoso. O time, como um todo, estava apreensivo, né? É natural pelo contexto, pelo momento que a gente está vivendo. Então acho que não só o Jordan, mas como todo o time hoje estava um pouquinho nervoso sim, mas conseguiu fazer um um bom jogo.”

Continuidade ou demissão

Não era nada oficial [se uma derrota decretaria a demissão]. Eu vim muito triste para esse jogo. Vou confessar pra vocês. Um pênalti aos 49 contra o Cruzeiro, e a gente faz o gol. O gol não é validado. Um gol legal contra o Sampaio. O gol não é validado. Pô, eu vou deixar de seguir meu trabalho, não só por meus erros. Tem minhas limitações? Claro que tem. Mas eu estava muito frustrado por isso, sabe? A derrota de Alagoas foi a que mais me doeu. Porque eu sabia que uma derrota ali ia me condicionar pra uma situação delicadíssima contra a Ponte Preta.”

“(…) Seria muito injusto, pelo que o time tem apresentado, pela forma como os jogadores têm abraçado a ideia, pela identidade que está sendo criada. Então, assim, infelizmente a gente sabe como é que é o futebol. A diretoria conversou muito comigo ontem, conversou bastante comigo hoje, me deram muita moral, o Carlos, o André, o presidente Danilo. Todos foram muito incisivos no apoio, dizendo que estavam com a gente, que a gente alcançaria a vitória.

Tática

“Na ansiedade de tentar resolver a situação [no primeiro tempo], a gente acabou perdendo um pouco a aproximação, a sustentação de amplitude, que é alargar o campo. A gente tava alargando mas não tava usando né? Os jogadores abertos, a gente tava tentando muito por dentro, e aí travando muito o jogo.”

“Quando a equipe começou a entender que a gente só teria condições de fazer o gol quando rodasse essa bola, trocasse o corredor, melhorou muito. O Ponte Preta fez? Começou a dobrar pelos lados. Então a gente entendeu que começaria a fazer a movimentação do Fernandinho e do Alex Sandro por dentro. E deixa  bater lateral com lateral, vamos por um para um, e foi isso que o Alex Sandro fez. O gol sai assim o Fernandinho cria uma boa situação assim.”

Ataque no segundo tempo

“A entrada do Crislan era fundamental ali, porque a gente entendia que a gente tinha que atacar muito a profundidade do adversário. ‘Ah, professor mas aí você não tinha meia’. ‘Ele botou dois centroavantes como é que a bola vai chegar? Explico: com a bola, tanto o [Paulo] Baya quanto o Taliari vinham por dentro, dois meias. E a gente abria lado com o Zé Mateus e Airton. Então a gente garantiu a amplitude com os laterais e sustentação por dentro com Taliari e Baya.”

“E a ideia era a gente aproveitar ao máximo a referência, duas referências, fazendo as trocas, ora dentro, ora fora, pra sustentar e deixar o time vir de trás. Sustenta e deixa o time vir de trás, sustenta e e deixa o time vir de trás. O que eu pedi pros meninos da construção? Wallace, Alemão, Rodolfo: busca jogo direto nos dois centroavantes. Eles vão segurar para a gente pisar na área. Então essa foi a estratégia.”